segunda-feira, 30 de julho de 2012

O potássio e a fadiga muscular


        


            O potássio é um dos minerais em maior concentração em nosso organismo e encontrados principalmente nos líquidos intracelulares. Sua diminuição pode comprometer a performance nas atividades do dia-a-dia e nas atividades físicas.

             A hipocalemia pode apresentar sintomas difusos como a mialgia, fraqueza e fadiga muscular. Esta última possui etiologia multifatorial e sua origem e extensão depende da especificidade do exercício, do tipo de fibra muscular e do nível de aptidão física. Nos esforços de longa duração e baixa intensidade, a fadiga está relacionada às fontes energéticas e a outros fatores tais como, dor, desidratação, aumento da temperatura corporal, hipoglicemia e aos processos de transmissão neuromuscular.

            A prática de exercícios físicos prolongados e intensos faz com que haja uma perda de potássio significativa para a corrente sanguínea. O acúmulo deste mineral reduz a excitabilidade muscular, podendo este ser um fenômeno causador da fadiga, resultando em câimbras musculares principalmente nos músculos envolvidos na geração de força.

           A fadiga pode ser caracterizada como uma alteração na produção de força esperada ou requerida em conseqüência da deterioração de um ou vários processos responsáveis pela excitação-contração-relaxamento muscular ocasionando uma diminuição da freqüência de ativação muscular. Esta alteração na propagação do potencial de ação pode ser devido à saída de potássio intracelular e à entrada de água.

          Abaixo encontram-se algumas opções de alimentos fontes de potássio:

    Ameixa seca, amendoim torrado, bacalhau, banana, abacate, feijão, soja, leite em pó, chicória, gérmen de trigo, ervilha verde, vagem, polpa do coco, cenoura, uva passa, aveia e damasco seco.


REFERÊNCIAS

SANTOS, M. G. dos; DEZAN, V. H.; SARRAF, T. A. Bases metabólicas da fadiga muscular aguda. Rev. Bras. Ciên. e Mov. Brasília, v. 11, n. 1, p. 07-12. 2003.

BÜRGUER-MENDONÇA, M.; BIELAVSKY, M.; BARBOSA, F. C. R. Comportamento da calemia antes e após triathlon meio ironman em triathletas brasileiros. Brazilian Journal of Biomotricity. Petrópolis, p. 101-108. 2008.

Postado por: Gabriela Senedez e Wagner Junior.

domingo, 29 de julho de 2012

Anemia ferropriva na infância


        
     A anemia pode ser definida como um estado no qual existe uma concentração anormalmente baixa de hemoglobina circulante decorrente da carência de um ou mais nutrientes, independente do motivo desta carência1. A anemia ferropriva é decorrente especificamente da carência de ferro no organismo, seja devido à ingestão deficiente do mineral, baixa absorção do ferro biodisponível ou até mesmo por infecções parasitárias1,2
        A anemia ferropriva é a doença de maior prevalência do mundo, atingindo cerca de um terço da população, e constitui o distúrbio nutricional mais freqüente nas crianças abaixo de 5 anos de idade5,6. Estima-se que sejam anêmicas 12% das crianças que vivem nos países desenvolvidos e 51% daquelas que vivem em países em desenvolvimento5.
         Um artigo publicado este ano (2009) pela Revista Paulista de Pediatria1 compilou dados de diversos estudos brasileiros acerca da anemia ferropriva realizados em um período de 11 anos, com o objetivo de fazer um levantamento da prevalência desta doença no Brasil. O resultado confere com aquele estimado para países em desenvolvimento: 53% das crianças menores de 5 anos apresentam a doença, que tem maior prevalência nas regiões norte e centro-oeste do país.
      Esta alta taxa de prevalência está relacionada a alguns fatores determinantes, como o baixo nível sócio-econômico, a prematuridade e o baixo peso ao nascer, o desmame precoce e, principalmente, à baixa ingestão de ferro de alta biodisponibilidade combinada com a necessidade aumentada deste mineral, devido ao crescimento rápido, característico desta fase da vida1,4,6.
       Isto porque, não apenas a baixa ingestão de alimentos ricos em ferro está relacionada com a carência deste nutriente no organismo. O Estudo Nutri-Brasil Infância7, realizado em 2008, aponta para índices adequados de ingestão de alimentos fontes de ferro. Por outro lado, estima-se que haja, no Brasil, uma freqüência modal de anemia entre 30 a 50% em menores de cinco anos (Fisberg & Barros 2008)8. Dessa forma, é importante verificar a qualidade e a biodisponibilidade deste nutriente no alimento, assim como a possibilidade de existir interações e interferências de outros nutrientes durante a absorção do ferro. Um exemplo disso, que pôde ser verificado através do estudo Nutri-Brasil Infância, é que a principal fonte de ferro da alimentação dos pré-escolares brasileiros, é o feijão, que é uma fonte vegetal, com ferro de baixa biodisponibilidade.
      A deficiência de ferro nos primeiros anos da infância podem acarretar diversos distúrbios do crescimento, entre eles, o retardo do desenvolvimento psicomotor, dificuldades na aprendizagem da linguagem, diminuição da resistência a infecções e distúrbios psicológicos e comportamentais, como falta de memória, fadiga, irritabilidade e sentimento de insegurança1,2,3,4,5.
         Pais, cuidadores e profissionais de saúde devem estar sempre alertas no que diz respeito ao estado nutricional de crianças abaixo de 5 anos6. O acompanhamento médico e nutricional, aliado a uma alimentação adequada, rica em alimentos fontes de ferro e fortificados e ainda, se necessário, combinada com uma suplementação adequada podem garantir uma infância mais saudável, permitindo à criança um crescimento e desenvolvimento de acordo com todo o seu potencial.


Referências Bibliográficas:
(1) Jordão REBernardi JLDBarros Filho AA. Prevalência de anemia ferropriva no Brasil: uma revisão sistemática. Rev. paul. pediatr., 2009; vol.27, n.1, pp. 90-98.
(2) Brito LL et al. Fatores de risco para anemia por deficiência de ferro em crianças e adolescentes parasitados por helmintos intestinais. Rev Panam Salud Publica, 2003; vol.14, n.6, pp. 422-43.
(3) de Oliveira RS et al. Magnitude, distribuição espacial e tendência da anemia em pré-escolares da Paraíba. Rev. Saúde Pública, 2002; vol.36, n.1, pp. 26-32.
(4) da Silva LSMGiuglian ERJAerts DRGC. Prevalência e determinantes de anemia em crianças de Porto Alegre, RS, Brasil. Rev. Saúde Pública, 2001; vol.35, n.1, pp. 66-73.
(5) Monteiro CASzarfarc SCMondini L. Tendência secular da anemia na infância na cidade de São Paulo (1984-1996). Rev. Saúde Pública, 2000; vol.34, n.6, suppl., pp. 62-72.
(6) Rodrigues CRM et alii. Prevalência de anemia ferropriva e marcadores de risco associados em crianças entre 12 e 18 meses de idade atendidas nos Ambulatórios do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira. J. Pediatr. (Rio J.), 1997; 73(3):189-194.
(7) Danone Research et col. Estudo Nutri-Brasil Infância. 2008.
(8) Fisberg MBarros MJL. O papel dos nutrientes no crescimento e desenvolvimento infantil. São Paulo: Savier, 2008.

Receitas Vegetarianas


Bolo Cremoso de Milho (vegana)

Bolo Cremoso de Milho (vegana)


Ingredientes

2 latas de milho (sem a água)
2 latas de leite condensado de soja
4 colheres (sopa) de óleo
2 colheres (chá) de fermento
200 g de coco ralado
1/2 xícara de maisena

Preparo

Bata todos os ingredientes (exceto o coco que bate apenas 100g) no liquidificador. Adicione a outra metade do coco e mexa com uma colher. Coloque em uma forma untada com óleo (forma redonda de 20 cm ou retangular de 30 cm). Leve ao forno a 250°C por uns 40 minutos.

Nota - Essa é uma receita cheia de surpresas, nunca se sabe como será o resultado final. A única certeza é de que é gostoso. Às vezes ele fica mais mole como um pudim, outras, um pouco mais consistente como um suflê e algumas outras vira um bolo cremoso de fato.

Receita e foto do blog Viva, da Tatiana Ribeiro.

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Espaguete Poético (vegana)

Espaguete Poético (vegana)

Ingredientes

350 g de espaguete grano duro
6 alcachofras ou 6 fundos de alcachofra (em conserva)
3 tomates maduros
3 colheres (sopa) de azeite de oliva
2 dentes de alho descascados
1 punhado de folhas de manjericão
Sal e pimenta-do-reino a gosto

Preparo

Se estiver usando alcachofras frescas, lave muito bem sob água corrente. Coloque as alcachofras numa panela de pressão, cubra com água, tampe e leve ao fogo médio. Quando a panela começar a apitar, marque 15 minutos e deixe cozinhar. Desligue o fogo e deixe toda a pressão sair antes de abrir a panela. Com uma faca afiada, corte o talo da alcachofra bem rente à base. Retire todas as folhas até encontrar os espinhos. Com a ajuda de uma faca, retire os espinhos com cuidado. A tampa que sobra é o fundo da alcachofra. Sobre uma tábua, corte os fundos de alcachofra em tiras de 0,5 cm de espessura e reserve. Se estiver usando os fundos prontos, apenas corte em tiras.


Corte os tomates ao meio e retire as sementes com o dedo. Com a palma da mão, aperte os tomates contra a tábua até que ganhem forma plana. Em seguida, pique os tomates em cubinhos.


Numa panela grande, coloque 5 litros de água e 2 colheres (sopa) de sal. Leve ao fogo alto. Quando a água ferver, acrescente o macarrão e deixe cozinhar conforme as instruções da embalagem. Cuidado para não deixar o macarrão cozinhar demais, ele deve ficar al dente.


Leve uma frigideira grande ao fogo médio. Quando aquecer, regue com o azeite e refogue as tiras de alcachofras por 1 minuto. Em seguida, junte os cubinhos de tomate, os dentes de alho inteiros e as folhas de manjericão. Refogue por 2 minutos, mexendo sempre, e tempere com sal e pimenta-do-reino. Retire os dentes de alho e despreze. Desligue o fogo e reserve o molho.


Despeje com cuidado o macarrão cozido em um escorredor. A seguir, transfira o espaguete para uma travessa. Com uma colher, distribua o molho sobre ele e misture bem. Sirva quente.

Fonte:Panelinha

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Almôndegas (vegana)


Almôndegas (vegana)
Ingredientes

1 1/2 xícara de PTS fina
1 cebola picada
4 dentes de alho bem picados
1 pimentão cortado em tiras ou cubinhos
tomates sem sementes, em cubos
4 colheres (sopa) de azeite
4 colheres (sopa) de aveia (opcional)
1/2 xícara de farinha de trigo ou até dar liga
Azeitonas picadinhas a gosto
Sal, cebolinha e pimenta-do-reino a gosto

Preparo

Refogue o alho. Em seguida junte a cebola e o tomate e refogue bastante. Adicione a PTS (coloquei um pouco de água, mas bem pouco mesmo, só para ela hidratar mais rápido). Assim que a proteína de soja estiver molinha, coloque o pimentão, as azeitonas, sal e a pimenta-do-reino (se quiser pode colocar pimenta-calabresa, eu coloquei só um pouquinho). Depois adicione a aveia e a farinha, se ficar bem grudadinho já está no ponto, molde as bolinhas e frite em óleo bem quente.


Dicas

- Normalmente eu não deixo a soja de molho, tento hidratá-la com o molho do tomate, sempre com algo refogando, acho que pega muito mais sabor.
- Se preferir, essa mesma base dá para fazer hambúrguer.

Fonte: Receita, comentários e foto do blog Amarillo Mostarda

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Lasanha de Cenoura e Couve-Flor (lacto)


Ingredientes

Para o molho:
1 cebola pequena picadinha
1 xícara (chá) de farinha de trigo
5 colheres (sopa) de margarina
3 1/2 litros de leite
Sal e noz moscada ralada a gosto

Para a lasanha:
1 couve flor grande (só os buquês em pedaços pequenos) (700 g)
2 cenouras médias em rodelas
500 g de mussarela ralada
5 colheres (sopa) de queijo parmesão ralado
1 embalagem (500 g) de lasanha (pré-cozida)

Preparo

Molho:
Doure a cebola e a farinha na margarina. Junte, aos poucos, o leite mexendo sempre até engrossar. Tempere com o sal e a noz moscada. Reserve.

Montagem:
Numa forma retangular grande e alta nº 4 (30 x 43 cm) espalhe o molho no fundo. Cubra com as folhas de lasanha e com o molho. Espalhe a couve flor, a cenoura, a mussarela e o queijo parmesão. Cubra com o molho reservado. Faça camadas de lasanha, molho, couve flor, cenoura, mussarela e queijo parmesão, terminando com lasanha, molho, mussarela e queijo parmesão. Cubra com papel alumínio e leve ao forno médio, pré-aquecido, por cerca de 45 minutos. Retire o papel e deixe por mais 5 minutos para dourar. Retire do forno e aguarde 5 minutos para servir.

Rendimento: 20 porções

Fonte: Gastronomia e Negócios

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Bisnaguinhas com Salpicão (ovo-lacto)


Bisnaguinhas com Salpicão



Ingredientes


2 cenouras médias raladas
100 g de mussarela ralada
1/2 xícara de milho verde
3/4 de xícara de maionese
1/2 xícara de uvas passas claras
12 bisnaguinhas de soja cortadas ao meio
6 folhas de alface cortadas ao meio
1 xícara de batata palha

Preparo

Misture, em uma tigela, as cenouras, a mussarela, o milho, a maionese e as uvas passas. Recheie cada bisnaguinha de soja, com meia folha de alface, uma porção de salpicão e a batata palha.

Rendimento: 6 porções

Fonte: Adaptada de Grupo Bimbo

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Maionese de Extrato de Soja (vegana)


Maionese de Extrato de Soja


Ingredientes

1 xícara de água
3 colheres (sopa) de extrato de soja
1 e 1/2 xícara de óleo de milho
Sal e temperos a gosto

Preparo

No liquidificar, coloque a água, o extrato de soja, o sal e os temperos. Com o liquidificador ligado, adicione aos poucos o óleo de milho. Mantenha o creme na geladeira, em pote hermeticamente fechado.

Dicas - Use em saladas, sanduíches, salada de batata, patês, etc.

Rendimento: 230 g

Fonte: Jasmine Alimentos

Suplementos: Só para vegetarianos?


     
       Suplementos: Só para vegetarianos?

       A vitamina B12 é o único nutriente que realmente pode estar ausente na dieta vegetariana (especialmente na vegetariana estrita) bem planejada.
    No entanto, a ideia de que apenas o vegetariano é um indivíduo que necessita de suplementação deve ser revisada.
       Assim como para os onívoros, todos os demais nutrientes da dieta vegetariana devem ser repostos se há deficiência ou níveis inadequados.
    Deixamos de perceber que a população que come carne recebe indicações para suplementação de diversos nutrientes.

Indicações de suplementação para quem come carne:

      Crianças (que utilizam ou não carne) recebem suplementação de ferro e algumas vitaminas em determinados períodos da infância. A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que as crianças (onívoras) recebam suplementação de ferro dos 6 meses aos 2 anos de idade.
        Gestantes (que utilizam ou não carne) também recebem suplementação (ferro e ácido fólico) como medida profilática de carência desses nutrientes. O sal que utilizamos é iodado. Tal adição tem o objetivo de garantir que o iodo seja fornecido a todos os brasileiros, tendo em vista que a sua deficiência é uma das principais causas de retardo mental em crianças (cretinismo).
    O Instituto de Medicina dos EUA e o Food and Nutrition Board recomendam suplementação de B12 em todos os indivíduos (que comem ou não carne) acima dos 50 anos de idade, pois 10 a 30% desses indivíduos apresentam dificuldade de extrair a vitamina do alimento.
      Na América Latina, 40% das pessoas que comem carne têm deficiência de B12. Isso ocorre com 50% dos vegetarianos. Observe que a diferença é pequena. Infelizmente os órgãos governamentais brasileiros ainda não se posicionaram frente à necessidade de fortificação da vitamina B12 para a população onívora brasileira.
      Atualmente a farinha de trigo comercializada é enriquecida com ferro e ácido fólico como medida preventiva de saúde coletiva.
    Se considerarmos que o uso de suplementação torna inadequada uma dieta, devemos considerar que não deveríamos passar pela infância, gestação e nem ultrapassar os 50 anos de idade, pois, em cada um desses ciclos de vida, não foi encontrada uma "dieta ideal" (que não precisaria ser suplementada em momento algum).

O que muda para o vegetariano?

       Alguns cuidados nutricionais são diferentes para os vegetarianos, mas nada que justifique uma maior preocupação em termos de necessidade de suplementação, visto que a deficiência de ferro e vitamina B12 (os maiores pontos de preocupação) são similares nesses dois grupos. As proteínas, não são fatores de preocupação para o vegetariano.
  A incidência de diversas doenças (estudadas em populações vegetarianas) é marcadamente reduzida ao se adotar uma dieta vegetariana. Isso, por si só, sugere a adequação da dieta vegetariana ao organismo humano.
  Os nutrientes que merecem atenção numa avaliação nutrológica são os mesmos para os vegetarianos e não vegetarianos.






Texto: 
 Escrito Por Dr. Eric Slywitch
Eric Slywitch, é médico nutrólogo, especializado em dietas vegetarianas e autor de livros como “Alimentação Sem Carne” e “Virei Vegetariano e Agora?”

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Pirâmide Alimentar Brasileira para Crianças


       Os guias alimentares são instrumentos educativos que visam a promoção da saúde por meio da orientação nutricional. A pirâmide dos alimentos é um dos guias mais conhecidos, entretanto, o que muitas mães não sabem, é que existe uma pirâmide adaptada especialmente para as necessidades das crianças.
Recorrer aos guias alimentares pode ajudar no processo de educação nutricional das crianças, além de proporcionar segurança às mães, que costumam enfrentar uma série de dúvidas sobre a alimentação dos seus filhos.
         A utilização da pirâmide alimentar infantil  pode contribuir para um melhor planejamento dietético, visando atender as necessidades nutricionais específicas desse estágio da vida.
  
O padrão alimentar adotado na infância pode acarretar implicações no crescimento e na saúde a longo prazo, assim como no desenvolvimento do comportamento alimentar na vida adulta.
Procurar ajuda profissional é muito importante, quando a mãe perceber que o filho não está consumindo as quantidades recomendadas pela pirâmide. No entanto, algumas medidas também podem ser adotadas no ambiente familiar. Sempre que possível, os pais devem participar das escolhas alimentares de seus filhos, realizando refeições em família e à mesa. Deve-se oferecer uma alimentação variada e colorida. As escolhas alimentares dos pais também podem contribuir, uma vez que são imitadas, seguidas e incorporadas aos comportamentos alimentares futuros da criança.
A utilização de produtos enriquecidos também é válida. Esses alimentos são adicionados de nutrientes com o objetivo de reforçar o valor nutritivo e prevenir carências, principalmente aquelas causadas por micronutrientes (como por exemplo, a anemia ferropriva). Os alimentos fortificados se caracterizam pelo aspecto preventivo e não curativo.
Procurar sempre a orientação de um nutricionista, caso o consumo dos alimentos pelas crianças apresente-se insuficiente e/ou irregular. Ele é o profissional capacitado para realizar a educação e intervenção nutricional, levando em consideração as necessidades individuais.

Fonte:Adaptada Revista Nestlé e Sociedade Brasileira de Pediatria

terça-feira, 24 de julho de 2012

Taxa de diabetes em crianças já é 4 vezes maior na China que nos EUA



Chinês obeso | Crédito da foto: Getty Images


            Um estudo publicado recentemente na revista americana Obesity Reviews, principal publicação da Associação Internacional para o Estudo da Obesidade, apontou que os jovens chineses têm taxas de diabetes quatro vezes maiores do que as de seus pares americanos.

             Entre os principais fatores que explicam a saúde precária dos adolescentes do país estão a mudança drástica no estilo de vida e nutrição, além da elevação nos índices de sobrepeso e obesidade que o gigante asiático tem registrado nas últimas décadas.
           De acordo com o estudo, os jovens chineses também estão mais suscetíveis a doenças cardiovasculares.
          Nos últimos anos, a China tem experimentado um crescimento econômico sem precedentes. Mas, em contrapartida, o país passou por dramáticas transformações no padrão de dieta, peso, e atividade física da população.
         Para investigar o fenômeno, cientistas da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, acompanharam durante duas décadas 29 mil pessoas em 300 comunidades na China.
         A cada dois anos, os cientistas atualizavam os dados de mudanças de peso, hábitos alimentares e níveis de atividade física dos pacientes.
        Ao fim do estudo, eles constataram "um grande aumento nos fatores de risco cardiometabólico e de sobrepeso" dos chineses.

Risco

Os cientistas também observaram uma incidência de diabetes e pré-diabetes de 1,9% e 14,9% respectivamente em crianças de entre 7 e 17 anos. De acordo com a pesquisa, na China, 1,7 milhões de crianças entre 7 e 18 anos têm diabetes e outras 27,7 milhões são consideradas pré-diabéticas.
      Segundo eles, as altas taxas aumentavam os riscos de doenças cardiovasculares.
      Quando compararam os dados colhidos com os dados da Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição (NHANES) dos Estados Unidos, os pesquisadores descobriram que as taxas de diabetes e fatores de risco cardiovascular são quatro vezes maiores entre a população jovem chinesa do que entre crianças e adolescentes americanos.
      "Além disso, mais de 35% das crianças menores de 18 anos têm níveis elevados de, pelo menos, um fator de risco cardiometabólico", afirma o professor Barry Popkin, responsável pelo estudo.
      Segundo ele, se nada for feito urgentemente para reverter essas tendências, o sistema de saúde pública na China terá de enfrentar um enorme desafio nos próximos anos.
    "O que é inédito é a mudança na dieta, peso e risco cardiovascular em crianças de 7 anos ou mais", destaca Popkin.
"Esses números mostram o enorme fardo que o sistema de saúde da China terá de enfrentar se nada mudar", acrescenta.
Os cientistas também observaram altos níveis de risco tanto em indivíduos de comunidades urbanas quanto rurais, independentemente da classe social.
Para os autores, "os iminentes custos de saúde e suas implicações são imensos."


Fonte: www.estadao.com.br

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Aprovado nos EUA novo medicamento para tratamento de obesidade


       Na terça-feira, 17 de julho, todos os focos estavam ligados para a reunião do FDA, agência norte-americana que regula as medicações e os alimentos naquele país. Tudo porque uma nova medicação para o combate à obesidade estava prestes a ser aprovada. E foi!
             O Qsymia, do laboratório Vivus, é uma combinação de 2 fármacos já conhecidos, a fentermina e o topiramato. A primeira é um antigo estimulante que já havia sido utilizado previamente para o tratamento da obesidade. O segundo é um antiepiléptico que ajuda algumas pessoas a reduzir o peso. Essas medicações, usadas isoladamente, já tinham mostrado algum benefício discreto no controle do peso corporal. Mas a combinação parece ser mais potente. 
A perda esperada de peso chega a 10% do peso corporal, comparados a 5% da locarserina, outra medicação recém-aprovada pelo FDA. Os comprimidos terão 7,5mg de fentermina com 46mg de topiramato de ação prolongada ou 15mg de fentermina com 92mg do topiramato.
A indicação será para obesidade (índice de massa corporal - IMC>30Kg/m²) ou IMC>27Kg/m² associado a comorbidades como hipertensão ou diabetes. Alguns efeitos colaterais podem ocorrer, como aumento da frequência cardíaca, defeitos no feto, confusão mental e alteração de memória.
Quanto ao Brasil, cabe aguardar um posicionamento da ANVISA, que no ano passado proibiu a comercialização de qualquer derivado de anfetamina no território nacional. A fentermina, um dos componentes da nova droga, pertence à classe proibida.
"Previamente conhecido como Qnexa, o medicamento não teve o nome aprovado por haver similaridade com outros medicamentos já existentes no mercado norte-americano, podendo gerar confusão na prescrição ou na dispensação. Assim Qsymia foi o nome escolhido." 

Fonte:Sociedade Brasileira de Diabetes

Obesidade X Horas de TV




   Para evitar a obesidade, o máximo de exposição diária de crianças entre dois e quatro anos à TV deve ser de duas horas. É o que afirma estudo da Universidade de Montreal, no Canadá, recentemente publicado no periódico científico BioMed.

     A pesquisa analisou o comportamento de 1.314 crianças nessa faixa etária e concluiu que cada hora adicional à qual elas são expostas, semanalmente, à TV poderia aumentar em meio milímetro suas circunferências abdominais e, consequentemente, reduzir seus tônus musculares.

      Além disso, os pesquisadores analisaram os efeitos do hábito de assistir à TV sobre a capacidade atlética da criança. A conclusão foi a de que cada hora a mais do que as duas estabelecidas como máximo por dia pode diminuir em 0,36 centímetros a distância que uma criança consegue saltar.

Horas

             Os pesquisadores verificaram que, no início do estudo, a maioria das crianças assistia a uma média de 8,8 horas de TV por semana.

             O número aumentou em seis horas nos dois anos seguintes até chegar a uma média de 14,8 horas por semana, quando as crianças atingiram a idade de quatro anos e meio.
 
            Entre os participantes do estudo, 50% já estavam assistindo a 18 horas semanais nesta idade, de acordo com os pais.

            A pesquisa concluiu que crianças de quatro anos e meio que assistiam a 18 horas semanais de TV tiveram um aumento de 7,6 milímetros em suas circunferências abdominais até chegarem aos dez anos de idade.

           Segundo a pesquisadora Linda Pagani, os resultados servem de alerta sobre os fatores que podem levar à obesidade infantil. "Nas últimas décadas, em todo o mundo ocidental houve um aumento dramático nos níveis de peso além do saudável, tanto em crianças como em adultos. Nosso padrão de vida também mudou, priorizando práticas sedentárias e alimentos de preparo fácil e ricos em calorias", disse Pagani.

         O estudo diz que os hábitos adquiridos na infância podem tornar-se parte do comportamento na idade adulta, afetando, por exemplo, a prática de esportes.

       O valor de duas horas diárias citadas pelo estudo é o estipulado como o máximo saudável pela Academia Americana de Pediatria.

Fonte: Abeso

domingo, 22 de julho de 2012

Sopa instantânea é uma bomba de sódio e pobre em nutrientes

     A tentação é grande. Em vez de preparar uma sopa com verdura, legumes e temperinhos naturais é mais fácil apostar na sopa do pacotinho que fica pronta em poucos minutos. Mas quem faz essa opção deve saber dos danos que a alternativa pode trazer à saúde. O maior perigo do consumo da sopa instantânea é a presença excessiva de sódio, que pode dificultar o funcionamento de órgãos como coração e rins, fundamentais para a adequada circulação. Mas esse é só o primeiro item de uma lista de perigos.

       Incluir essa sopa na dieta vai fazer você estourar o limite de sódio recomendado por dia. Para manter a saúde cardiovascular em dia o consumo recomendado pela Organização Mundial de Saúde é de cerca de 2 gramas diárias de sódio - isso se você não tem hipertensão, porque nesse caso a quantidade deve ser ainda menor. Um envelope individual dessas sopas (como aquelas versões de caneca) contém entre 500 e 800 mg de sódio. Ou seja, pelo menos 25% das suas necessidades diárias. O resultado do consumo excessivo de sódio é que o coração e os rins terão que trabalhar muito mais para conseguir manter a pressão estável. A longo prazo, aumenta-se o risco de hipertensão, infarto e derrame. 

Sopa gordurosa - foto: Getty Images     As gorduras totais do produto somam 2,5 gramas em embalagens de 20 gramas. Substituir, com frequência, uma refeição por sopas desse tipo pode favorecer o aumento do triglicérides. Essas sopas industrializadas geralmente possuem gordura trans na composição. Apesar desse não ser o principal problema dessas sopas, ele merece atenção. "Apesar de existirem algumas sopas sem gordura na composição, elas continuam pobres em nutrientes e nutricionalmente não recomendadas.

        Apesar da regulamentação feita pela ANVISA, ainda é difícil encontrar algum fabricante que especifique as quantidades de conservantes, corantes e aromatizadores presentes em seu produto, tornando assim, impossível afirmar se ele é saudável ou não. Apesar dos estudos darem certa tranquilidade quanto ao consumo destes aditivos químicos, comumente utilizados nos alimentos industrializados, nenhum deles é conclusivo e comprova que tais substâncias não têm efeito cumulativo .

 Sopa de sabor duvidável  - foto: Getty Images       Sopa de legumes, caldo de feijão, creme de mandioquinha com carne... Com um processo de industrialização tão intenso fica difícil sentir o sabor dos ingredientes da sopa, até porque há mais química e sódio que matéria-prima nesses produtos. Uma sopa caseira pode ser feita com os ingredientes e temperos que você mais gosta, permitindo a degustação de cada um deles. Além de mais saudável, fica mais gostosa.


Fonte: Minha Vida

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Sedentarismo mata tanto quanto o Tabagismo


       

   Numa série de estudos publicados a partir de dados de 122 países, publicados no (http://www.thelancet.com/series/physical-activity) The Lancet, a inatividade física mata tantas pessoas quanto o cigarro.
       Em cada 10 mortes no mundo, uma delas é em virtude do tabagismo e uma coloque na conta do sedentarismo.
     O coordenador desse grande esforço mundial para a pesquisa da epidemiologia do exercício e da saúde, o educador físico Pedro Hallal, do Centro de Estudos Epidemiológicos da Universidade de Pelotas (UFPel) acredita que há mesmo uma epidemia de sedentarismo no mundo que está fazendo vítimas.
     Em torno de 1/3 dos adultos e 80% das crianças entre 13 e 15 anos de idade são sedentários.
    Da população brasileira, 49% são sedentários (depois da Argentina, com 68% de inatividade, é o pior índice da América Latina, e um dos piores do mundo).
     Fisicamente inativas são as pessoas que não atingem 150 minutos de atividade física semanal (30 minutos por dia, numa caminhada apressada) ou exercícios mais intensos 3X na semana, durante 20 minutos.
     Uma atitude de saúde pública valiosa é fazer com que maus hábitos de estilo de vida sejam diminuídos.
        Como nas carteiras de cigarro onde há imagens das consequências do tabagismo.
       O mesmo tipo de propaganda será utilizada na venda de sofás, computadores...?


Fonte: Evidencia Saúde

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Anvisa alerta para risco de consumo de suplemento alimentar


        Imagem ilustra alguns comprimidos na palma de uma mão.
        O consumo de alguns suplementos alimentares, como Jack3D, Oxy Elite Pro, Lipo-6 Black, entre outros, pode causar graves danos à saúde das pessoas. É o que alerta a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em informe, publicado nesta terça-feira (10/7).
          De acordo com o alerta da Agência, alguns desses suplementos contêm ingredientes que não são seguros para o consumo como alimentos ou contêm substâncias com propriedades terapêuticas, que não podem ser consumidas sem acompanhamento médico.  Os agravos à saúde humana podem englobar efeitos tóxicos, em especial no fígado, disfunções metabólicas, danos cardiovasculares, alterações do sistema nervoso e, em alguns casos, levar até a morte.
        “O forte apelo publicitário e a expectativa de resultados mais rápidos contribuem para uso indiscriminado dessas substâncias por pessoas que desconhecem o verdadeiro risco envolvido”, afirma o diretor de Controle e Monitoramento Sanitário da Anvisa, José Agenor Álvares. O alerta da Anvisa ressalta, ainda, que muitos desses suplementos alimentares não estão regularizados junto à Agência e são comercializados irregularmente em nosso país.
        Segundo o diretor da Anvisa, são produtos fabricados a partir de ingredientes que não passaram por avaliação de segurança. “Esses suplementos contém substâncias proibidas  para uso em alimentos como: estimulantes, hormônios ou outras consideradas como doping pela Agência Mundial Antidoping”, explica Álvares.
DMAA
            Recentemente, a Organização Mundial de Saúde, por meio da Rede de Autoridades em Inocuidade de Alimentos, alertou que vários países têm identificado efeitos adversos associados ao consumo da substância dimethylamylamine (DMAA), presente em alguns suplementos alimentares. O DMAA é um estimulante usado, principalmente, no auxílio ao emagrecimento, aumento do rendimento atlético e como droga de abuso.
          Essa substância,  que tem efeitos estimulantes sobre o sistema nervoso central, pode causar dependência, além de outros efeitos adversos, como insuficiência renal, falência do fígado e alterações cardíacas, e pode levar a morte. Alguns países já proibiram a comercialização de produtos que contém DMAA, como Austrália e Nova Zelândia.
          “O DMAA tem sido adicionado indiscriminadamente aos suplementos alimentares, apesar de não existir  estudos conclusivos sobre a sua dose segura”, afirma Álvares. No Brasil, o comércio de suplementos alimentares com DMAA também é proibido.
            Na última terça-feira (3/7), a Anvisa incluiu o DMAA na lista de substâncias proscritas no país, fato que impede a importação dos suplementos que contenham a substância, mesmo que por pessoa física e para consumo pessoal. Entre os suplementos alimentares que possuem DMAA estão: Jack3D, Oxy Elite Pro, Lipo-6 Black, entre outros.
Importados 
           A regulamentação sanitária brasileira permite que pessoas físicas importem suplementos alimentares para consumo próprio, mesmo que esses produtos não estejam regularizados na Anvisa. Entretanto, esses suplementos não podem ser importados com finalidade de revenda ou comércio ou conter substâncias sujeitas a controle especial ou proscritas no país, como é o caso do DMAA.
                Cada país controla esses produtos de maneira específica e, em muitos casos, não são realizadas avaliações de segurança, qualidade ou eficácia antes da entrada desses suplementos no mercado.  “Os consumidores devem estar atentos e checar se esses suplementos foram avaliados por autoridades sanitárias do país de origem e se não foram submetidos ao processo de recolhimento”, orienta o diretor da Anvisa.
Brasil
                 No Brasil, alimentos apresentados em formatos farmacêuticos (cápsulas, tabletes ou outros formatos destinados a serem ingeridos em dose) só podem ser comercializados depois de avaliados quanto à segurança de uso, quando se considera eventuais efeitos adversos já relatados. Além disso, precisam ser registrados junto à Anvisa antes de serem comercializados.
             De acordo com o diretor da Anvisa, produtos conhecidos popularmente como suplementos alimentares não podem alegar propriedades ou indicações terapêuticas. “Propagandas e rótulos que indicam alimentos para prevenção ou tratamento de doenças ou sintomas, emagrecimento, redução de gordura, ganho de massa muscular, aceleração do metabolismo ou melhora do desempenho sexual são ilegais e podem conter substâncias não seguras para o consumo”, alerta Álvares.

Fonte: Anvisa