sexta-feira, 29 de junho de 2012

Dieta saudável na gravidez: conheça os alimentos que devem ser consumidos e os que devem ser evitados durante a gravidez

Orientações sobre ganho de peso durante a gestação

 
        O ganho excessivo de peso na gravidez não só torna mais difícil perder o excedente após o nascimento, como também aumenta os riscos da mãe desenvolver diabetes gestacional, ter aumentos da pressão sangüínea (o que pode levar à pré-eclampsia), precisar fazer uma cesariana e sofrer infecção pós-parto. Para o bebê, o excesso de ganho de peso da mãe aumenta o risco de defeitos de tubo neural, trauma ao nascimento e morte fetal.
      Mulheres com peso normal devem ganhar entre 11 e 16 kg durante os 9 meses de gravidez; mulheres acima do peso, de 7 a 11 kg; mulheres abaixo do peso, entre 12 e 18 kg. Uma grávida de gêmeos pode ganhar um pouco mais de peso, sempre com orientação médica.
 
Como deve ser uma dieta saudável para as grávidas?


A dieta saudável de uma grávida segue os mesmos princípios básicos da dieta de um adulto normal. Ela necessita de apenas mais 300 calorias por dia para nutrir adequadamente o bebê que está carregando, desde que venham de alimentos nutritivos. Então o cardápio deve ter:

  • Grãos integrais - arroz integral, pão integral, macarrão integral, granola ou aveia integral: 6 a 11 porções por dia.
  • Derivados do leite - leite desnatado, iogurte ou queijo: 3 a 4 porções por dia.
  • Proteínas – carne vermelha, frango, peixe, feijão, soja, nozes ou ovos: 3 porções por dia.
  • Vegetais - brócolis, cenoura, vagem, tomate, couve-flor ou beterraba: 3 a 5 porções por dia.
  • Frutas - laranja, banana, pêra, mamão, melão, melancia, uva, manga ou maçã: 2 a 4 porções por dia.

Exemplos do que é uma porção: uma fatia de pão, meia xícara de arroz ou macarrão, uma xícara de cereais, uma xícara de leite ou iogurte, dois cubos de 3 cm de queijo, 55g de carne cozida, frango ou peixe, meia xícara de feijão seco, duas colheres de sopa de manteiga de amendoim, meia xícara de vegetais cozidos ou picados, uma xícara de salada verde, três quartos de xícara de suco de vegetal; uma maçã, banana ou laranja, meia xícara de frutas picadas, três quartos de xícara de suco de fruta.

Alimentos que devem ser evitados durante a gravidez:

  • Peixe cru e moluscos, possível fonte do parasita Toxoplasma que pode causar cegueira e dano cerebral fetal.
  • Peixes predatórios grandes, como peixe-espada, tubarão, cavala e atum branco (fresco ou enlatado), que pode conter níveis arriscados de mercúrio. O Departamento de Alimentos e Drogas diz para limitar o atum (branco) para 200g por semana, mas é aceitável comer até 400g de atum light, camarão, salmão, badejo e bagre.
  • Carne, frango e frutos do mar crus ou mal passados: o ideal é usar um termômetro de carne e cozinhar o porco e a carne moída a 160 graus; bife, vitela e carneiro a 145; frango inteiro a 180 graus e peito de frango a 170 graus.
  • Leite não pasteurizado e queijos pastosos - feta, brie, Camembert, Roquefort, queijo branco e queijo fresco, a não ser que o rótulo diga "feito com leite pasteurizado". Eles podem estar contaminados com a bactéria Listeria, que pode provocar aborto, parto prematuro, bebê natimorto ou doença fatal ao recém-nascido.
  • Salsichas e frios, a não ser que sejam cozidos antes da ingestão, pois podem ter sido contaminados por Listeria depois do processamento.
  • Patês, pastinhas de carne e frutos do mar defumados (a não ser cozidos antes da ingestão). Versões enlatadas são seguras.
  • Ovos mexidos moles e alimentos como molhos feitos de ovos crus ou pouco cozidos. Cozinhe os ovos até que a clara e a gema estejam firmes, para evitar contaminação por Salmonella.
  • Brotos crus, inclusive alfafa, trevo, rabanete e feijão-mungo.
  • Chás de ervas e suplementos, pois sua segurança na gravidez não foi estudada. Alguns, como o remidamim ou grandes quantidades de camomila, podem aumentar o risco de aborto ou de parto prematuro.
  • O álcool pode causar dano fetal, inclusive retardo mental e comportamento anormal. Apesar de um drinque ocasional não impor risco, nenhuma quantidade segura foi estabelecida.
  • Evitar a ingestão de mais de 2 xícaras de café por dia.

O uso de vitaminas antes e durante a gravidez

Mulheres que estejam planejando engravidar e as que já estão grávidas devem fazer uso diário de polivitamínicos que contenham:

  • Entre 0,4 a 0,6 miligramas de ácido fólico, para ajudar a prevenir defeitos de tubo neural no bebê.
  • 18 a 27 miligramas de ferro para prevenir a anemia, que está associada a nascimentos prematuros de bebês e baixo peso ao nascer.
  • Os suplementos vitamínicos usados no pré-natal não contêm cálcio suficiente - 1.000 miligramas por dia são necessários para proteger os ossos da mulher grávida e dar ossos e dentes fortes ao bebê. Por isso as grávidas devem ingerir quantidade suficiente de alimentos ricos em cálcio como leite, queijo e folhas verdes ou tomar um suplemento diário de cálcio.

Quantidade de água e atividade física durante a gravidez

Beber bastante água – cerca de 2 litros por dia - e exercitar-se regularmente também é muito importante para uma gravidez saudável e para o bem-estar da mãe e do bebê.

Mulheres grávidas podem caminhar, dançar, nadar e fazer ioga, desde que não haja nenhuma contra-indicação médica para a prática de exercícios físicos.

Atividades de alto risco como mergulho e esqui devem ser evitadas. O ideal é que toda atividade física seja orientada por um profissional de saúde responsável e com prática em acompanhar mulheres gestantes.

Fonte: NEWS.MED.BR, 2007. Dieta saudável na gravidez: conheça os alimentos que devem ser consumidos e os que devem ser evitados durante a gravidez. Disponível em: . Acesso em: 29 jun. 2012.

Os benefícios das Fibras Alimentares

Para melhor entender o efeito benéfico das fibras alimentares na saúde humana e no auxilio ao controle do diabetes vamos rever alguns conceitos. 
O que é Fibra Alimentar?

O termo Fibra Alimentar designa-se aos constituintes não digeríveis e não calóricos do alimento, ou seja, são carboidratos (polissacarídeos) de origens vegetais resistentes à hidrólise, digestão e absorção no Intestino Delgado.
No Intestino Grosso, sofrem fermentação completa ou parcial pelas bactérias intestinais, sendo essenciais para o trato gastrointestinal saudável. 

Quais são as Fibras Alimentares?

Apenas os alimentos vegetais apresentam fibras alimentares que derivam-se principalmente de parede celular e de estruturas intercelulares dos vegetais e legumes, frutas, cereais e sementes e leguminisas, são elas: Celulose, hemicelulose, pectinas, gomas, mucilagens e a lignina (não é um polissacarídeo).
  • Tipo de Fibras:
Existe a classificação de dois tipos de fibras são elas as solúveis e as insolúveis.
Devido à capacidade de dissolver em água as pectinas, gomas, mucilagens e algumas hemiceluloses são chamadas de fibras solúveis.
Por não obterem a mesma capacidade de se dissolverem as celuloses, algumas hemiceluloses e a lignina compõem as fibras insolúveis.
  • Ação Benéfica no Organismo:
- Fibras Solúveis: Trás traz benefícios à saúde, porque apresentam efeito metabólico no trato gastrintestinal, retardam o esvaziamento gástrico, aumenta a saciedade, e o tempo do trânsito intestinal, diminuem a absorção de glicose e os níveis de colesterol no sangue, principalmente o LDL. Protege contra o câncer colón-retal.
- Fibras Insolúveis: Por não se dissolverem em água aumentam o bolo fecal, depois aceleram o tempo de trânsito no intestino, pois facilitam os movimentos peristálticos e a eliminação das fezes, diminuindo a constipação intestinal e anulando o risco de aparecimento de hemorroidas e diverticulites.
  • As Fibras no Diabetes:
As fibras solúveis tornam mais lenta a transformação dos carboidratos complexos (arroz, pão, batata,macarrão) em glicose, fazendo com que o tempo de absorção do açúcar desacelere, evitando picos de hiperglicemias. Acredita-se ainda que o processo diminua os níveis de glicose sanguínea, quando de uso contínuo.
  • Recomendação Nutricional
-  De 20 a 30g de fibras diárias, máximo de 35g / dia;
-  De 10 a 13g de fibras para cada 1000 calorias ingeridas;
Apesar de diversas ações benéficas das fibras em nosso organismo, altas doses são desaconselháveis, pois o excesso pode interferir negativamente na absorção de minerais, especialmente cálcio e zinco, especialmente em crianças e idosos. 

Fonte Alimentar
  • Por serem essenciais a dieta humana seu consumo deve ser diário e não possuem efeito cumulativo.
    - Fibra Solúvel: Grãos Integrais (Aveia, trigo, Centeio, Cevada), Frutas (quando possivel com casca, bagaço e sementes), Legumes, Verduras e Hortaliças e Leguminosas (feijão, soja, lentilha, grão de bico);
    - Fibra Insolúvel: Produtos integrais (Pão integral, bolachas e biscoistos, cereal matinal integral), Arroz Integral, Farelo e Gérmen de Trigo, Feijão, Farinha Integral;
     
Fonte: Educação em Diabetes

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Família influi na obesidade infantil

Família influi na obesidade infantil


        Não basta preparar a refeição mais saudável, criar uma verdadeira revolução na lancheira e matricular os pequenos na natação, no futebol, na ginástica artística e no que mais for preciso para queimar calorias. No tratamento da obesidade infantil, é fundamental uma atuação interdisciplinar e uma perspectiva sistêmica em que a criança acima do peso seja vista como parte de um todo. Em outras palavras, o relacionamento entre pais e filhos e a história familiar são determinantes no processo de emagrecimento e devem ser articulados com as questões nutricionais e o processo de mudança de estilo de vida.
       No recém-lançado livro Obesidade na Infância e Interações Familiares: Uma Trama Complexa (editora Coopmed), a mestre em ciência da saúde e coordenadora do setor de Psicologia do Hospital São Camilo, em Belo Horizonte, Valéria Tassara, aborda a obesidade na infância ampliando o foco da responsabilidade da própria criança para o contexto das relações parentais e sociais. Fatores biogenéticos, familiares e psicossociais inter-relacionados seriam definidores na constituição do problema.
           O estudo, realizado no Ambulatório de Nutrologia Pediátrica do Hospital das Clínicas, ressalta a importância de construir intervenções em redes cooperativas e solidárias entre as famílias, os profissionais de saúde, as instituições sociais e as políticas públicas para prevenir e tratar o excesso de peso na infância. Segundo a especialista, sozinha, seguindo um regime, a criança não consegue os efeitos necessários do tratamento.
            A entrada da psicologia no processo ajudou a compreender como as crianças engordavam no contexto das relações familiares e sociais. Na pesquisa, a psicóloga identificou que algum fenômeno na origem das mães, como um sofrimento na família, favoreceria o emaranhado da relação com a criança.
— Observamos vários aspectos transmitidos entre gerações, como a obesidade e outras questões simbólicas. São valores e crenças compartilhados ao longo dos anos, uma identidade familiar sustentada no ser gordo. Não é só um padrão que se repete, mas um valor simbólico de sobrevivência do grupo familiar, do sentimento de pertencimento. Tornar-se magro e se diferenciar significaria ameaçar a existência da família em dada geração — explica.

Responsabilidade compartilhada
       Se a obesidade infantil tem tamanha relação com a identidade familiar, vem a pergunta: é possível mudá-la? Como? Segundo a pesquisadora Valéria Tassara, a repetição pode, sim, ser contestada. Os próprios questionamentos dos familiares e das crianças permitem constituir um espaço de conversação com o profissional para a construção do processo de mudanças de hábitos alimentares e estilo de vida que se tecem às questões relacionadas à identidade familiar, valores e crenças.
        A profissional lembra, por exemplo, de uma mãe que perguntou: "Aprendi que cuidar bem da minha família era dar muita comida. Como, agora, isso pode fazer mal à saúde deles?". Nesse caso, o marido tinha feito cirurgia de redução do estômago e a criança apresentou colesterol alto. A intervenção na perspectiva da psicologia sistêmica propiciou a construção de um contexto de autonomia em que os familiares e as crianças registram seus objetivos, elaboram sua proposta-projeto acordando entre eles suas responsabilidades compartilhadas para o processo de mudanças.
     A participação da família no processo de diferenciação da identidade da criança é vivenciada como uma mudança que faz parte do ciclo de vida familiar, e não como extinção da sobrevivência do grupo. O melhor caminho é o da luta das famílias ao lado das crianças.
— Não para as crianças, e sim com elas. Que seja uma luta saudável no sentido de haver uma mudança de hábitos e identidades, e isso ser colocado como um projeto a ser construído pelo grupo familiar. Para isso, é fundamental que os familiares e os profissionais vejam que o problema é deles também, e não só da criança — acrescenta.

Há excesso de açúcar e gordura na dieta
        Entre as crianças com idade de 10 a 13 anos, 80% consomem açúcar acima do nível recomendado pelos nutricionistas. Os dados são de pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que registrou ainda consumo de gordura, pela mesma faixa etária, 89% acima dos padrões, e ingestão de fibras 82% abaixo do recomendado pela Organização Mundial da Saúde. Os dados foram apresentados pelo gerente de Pesquisas de Orçamento Familiares do IBGE, Edilson Nascimento Silva, no 8º Fórum Nacional de Alimentação Escolar, realizado no fim de maio em São Paulo.
         Para a nutricionista Joana D'Arc Mura, coordenadora do comitê científico do fórum, os dados explicam o aumento da obesidade na população brasileira, especialmente entre crianças e jovens. Tal crescimento foi constatado pelo próprio IBGE em outro estudo. De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), o excesso de peso entre meninos de cinco a nove anos saltou de 10,9%, em 1974, para 34,8%, em 2009. Entre as meninas da mesma faixa etária, o sobrepeso subiu de 8,6%, em 1974, para 32% há três anos.

Dieta do Mediterrâneo aumenta a qualidade de vida

             
 dieta do mediterraneo melhora qualidade de vida
           Há anos, a dieta mediterrânea tem sido associada com uma menor possibilidade de doenças e aumento do bem-estar. Um novo estudo agora a vinculou com a saúde física e mental também.
A dieta mediterrânea, que se caracteriza pelo consumo de frutas, legumes, leguminosas (feijão, ervilha, grão de bico e lentilhas, etc), peixes, azeite e nozes, tem provado ser benéfica para a saúde pois se a uma menor chance de doenças crônicas e uma menor taxa de mortalidade.
              Um novo estudo liderado pela Universidade de Las Palmas de Gran Canaria e da Universidade de Navarra deu o próximo passo e analisou a influência da dieta mediterrânea na qualidade de vida de uma amostra de mais de 11.000 estudantes universitários durante um período de quatro anos .
             Os dados sobre a dieta foram colhidos no início do estudo e a auto-avaliação sobre a qualidade de vida foi medida após o período de acompanhamento de quatro anos. Para se verificar se a dieta mediterrânea foi realmente seguida, o consumo de vegetais, leguminosas, frutas, cereais e peixe foi positivamente valorizado, enquanto o consumo de produtos lácteos , carnes e álcool foi negativamente valorizado.
          Os resultados revelam que aqueles que ingeriram mais alimentos da dieta mediterrânea pontuaram mais no questionário de qualidade de vida em termos de bem-estar físico e mental. Esta ligação foi ainda mais forte em termos físicos de qualidade de vida.

A Pirâmide do Mediterrâneo
         Henríquez afirma que “a dieta mediterrânea é um importante fator associado com melhor qualidade de vida e pode ser considerado como um modelo de alimentação saudável.” Sua pirâmide alimentar combina alimentos a serem ingeridos diariamente, semanalmente e, ocasionalmente.
Nas principais refeições nunca deve faltar três elementos básicos: cereais, frutas e legumes e produtos lácteos. Além disso, deve incluir uma ingestão diária de 1,5 a 2 litros de água. O azeite de oliva constitui a principal fonte de gordura por sua qualidade nutricional e o consumo moderado de vinho e outras bebidas fermentadas é recomendado.
        Além disso, peixes, carnes magras e ovos são fontes de proteína animal de alta qualidade. Peixes e frutos do mar também são fontes de gorduras saudáveis.
         No topo da pirâmide estão o açúcar, doces, bolos, doces e bebidas açucaradas que devem ser consumidos ocasionalmente e em pequenas quantidades.
Não se esqueçam das azeitonas e nozes, muito consumidas nessa dieta!

 Fonte:
P. Henríquez Sánchez, C. Ruano, J. de Irala, M. Ruiz-Canela, M.A. Martínez-González, A. Sánchez-Villegas.Adherence to the Mediterranean diet and quality of life in the SUN ProjectEuropean Journal of Clinical Nutrition, 2012; 66(3): 360-8

domingo, 24 de junho de 2012

Metade da população brasileira tem excesso de peso, mostra pesquisa

        Praticamente metade, ou seja, 49% da população brasileira têm excesso de peso, revelam dados da pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), divulgada  pelo Ministério da Saúde. 
 
        Indivíduos com sobrepeso são aqueles que têm o Índice de Massa Corporal (IMC) entre 25 e 29,9 kg/m² (a definição não vale para crianças, idosos ou gestantes). Já são considerados obesos os que têm 30 kg/m² ou mais. O IMC é obtido dividindo-se o peso da pessoa pela altura ao quadrado.
                                        
           O levantamento, divulgado anualmente pelo Ministério, traz um diagnóstico da saúde do brasileiro a partir de questionamentos sobre os hábitos da população, como tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, alimentação e atividade física.
        O aumento da obesidade e do excesso de peso atinge tanto a população masculina quanto a feminina.

Porto Alegre foi a capital com maior proporção de pessoas acima do peso (55,4%), seguida de Fortaleza (53,7) e Maceió (53,1). Já as capitais com maiores índices de obesidade foram Macapá (21,4%),  Porto Alegre (19,6%) e Natal (18,5%).
 
  Ganho de peso com a idade
O envelhecimento, segundo os dados, tem forte influência na obesidade. Entre os homens, o problema do excesso de peso começa cedo e atinge 29,4% dos que têm entre 18 e 24 anos. Entre homens de 25 a 34 anos, o índice quase dobra, chegando a 55%. Dos 35 aos 45 anos, o percentual é de 63%.
Entre as mulheres, 25,4% entre 18 e 24 anos estão acima do peso. A proporção aumenta para 39,9% dos 25 aos 34 anos e chega a 55,9% dos 45 aos 54 anos.
Em relação à obesidade, 6,3% dos homens de 18 a 24 anos se encaixam nessa categoria, contra 17,2% dos homens de 25 a 34 anos. Entre as mulheres, 6,9% das que têm de 18 a 24 anos são obesas. O índice quase dobra entre mulheres de 25 a 34 anos (12,4%) e quase triplica entre 35 e 44 anos (17,1%). Após os 45 anos, a frequência da obesidade se mantém estável, atingindo cerca de um quarto da população feminina.
A pesquisa mostra como fator de risco o grande consumo de refrigerantes, carne e leite integral, que é rico em gorduras. Por outro lado, a pesquisa também mostra que o nível de escolaridade interfere positivamente nos hábitos alimentares. "Quem tem mais de 12 anos de escolaridade, consume mais hortaliças.
"Se não quisermos chegar ao patamar dos Estados Unidos, que tem mais de 25% da população obesa, agora é a hora de agir", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele acredita que o acordo com a indústria de alimentos para redução de gordura, assim como o acordo recente feito com escolas para a promoção da alimentação saudável, são medidas que devem ter impacto na tendência de obesidade no futuro.
Evolução da frequência de excesso de peso na população brasileira

Fonte:
VIGILÂNCIA DE FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO PARA DOENÇAS
CRÔNICAS POR INQUÉRITO TELEFÔNICO, Brasília, 2011

IBGE revela: açúcar em excesso é consumido por 80% das crianças


 Os números são alarmantes. Durante o 8º Fórum Nacional de Alimentação Escolar, que foi  realizado em São Paulo, pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que 80% das crianças brasileiras ingerem açúcar acima do nível recomendado pelos nutricionistas. E mais: enquanto isso, 89% consomem gordura além dos padrões considerados saudáveis.O estudo foi apresentado pelo pesquisador Edilson Nascimento Silva, que também mostrou que a ingestão de fibras é 82% abaixo do recomendável pela Organização Mundial da Saúde (OMS).




Para os nutricionistas que participaram do evento, esses números explicam o aumento verificado na obesidade da população brasileira, principalmente entre crianças e jovens.

Epidemia


“Estes dados só confirmam que a obesidade infantil tornou-se uma epidemia devido às mudanças nos hábitos alimentares das crianças e da população em geral. A genética é um fator importante na obesidade das crianças, porém não existe obesidade se não houver um desequilíbrio entre a ingestão alimentar e o gasto energético”, afirma a pediatra Lilian G. Zaboto, membro do
Departamento de Obesidade Infantil da ABESO.A Dra. Lilian explica que o consumo elevado de açúcar e gordura aumenta muito o número de calorias ingeridas em cada refeição. “A dica é que os pais evitem doces e guloseimas no dia a dia das crianças, restringindo a duas ou, no máximo, três vezes na semana”, comenta.

De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares
(POF), o excesso de peso entre meninos de 5 a 9 anos subiu de 10,9%, em 1974, para 34,8%, em 2009. Entre as meninas da mesma faixa etária, o sobrepeso aumentou de 8,6%, em 1974, para 32% em 2009.

Além de provocar obesidade, o consumo excessivo de açúcar pode acarretar doenças, como infecções, cáries, osteoporose, arteriosclerose, baixa imunidade, periodontites, aumento de glicemia e triglicérides e até mesmo o câncer. 

Fonte:Abeso

TEMPEROS NATURAIS E SEUS BENEFÍCIOS PARA A SAÚDE

Em 1453, Constantinopla foi tomada pelo império Turco-Otomano e este colocou, sob seu domínio, todo o comércio dos prin¬cipais condimentos utilizados na alimentação europeia, bem como as rotas para alcançá-los. Assim, o processo de efetiva ocupação da América pelos europeus, a partir do século XVI, foi ocasionado, inicialmen¬te, pela necessidade desses povos em traçar novas rotas para tornar mais acessível o comércio das espe¬ciarias, termo atribuído a mercadorias caras e difíceis de serem obtidas e usadas para temperar comida.
Atualmente, com a gama de produtos disponíveis para fornecer e realçar o sabor dos alimentos, tem-se reduzido o consumo de temperos naturais, os quais possuem enorme impacto positivo na saúde das pessoas. 
 


Alecrim: o Rosmarinus officinalis é um arbusto perene, nativo da região do Mediterrâneo e pode atingir até 1,5 metro de altura. Esta erva possui ação carminativa (redução dos gases), digestiva, absortiva e antiespamódica. Pode ser utilizada por meio de chás antes das refeições, com o objetivo de melhorar o processo de digestão ou em preparações que contenham carne, em substituição ao sal.


 



Orégano: o Origanum vulgare é uma erva perene na forma de arbusto e nativa das regiões Euro-siberiana. Estudos têm mostrado que espécies de Origanum possuem propriedades antimicrobianas, antifúngicas e antioxidantes. O orégano apresenta excelente ação bactericida contra, por exemplo, Klebsiella, Clostridium, E. coli, Helycobacter pylori, bactérias encontradas no quadro de Disbiose Intestinal. Pode ser consumido juntamente ao azeite de oliva ou em preparações com carne ou legumes.







Açafrão: a Curcuma longa é uma raiz fonte de curcumina, um poderoso antioxidante, anti-inflamatório e anticarcinogênico. Diversos estudos apontam para os efeitos quimiopreventivo, antitumoral, atividades radiosensibilizante e quimio sensibilizante, contra vários tipos de cânceres agressivos e recorrentes. Pode ser utilizado como corante no arroz e também no famoso frango ao molho de açafrão.






 

Pimenta: pertence às plantas do gênero Capsicum e nelas há um fitoquímico chamado Capsaicina, responsável por garantir o sabor ardido do alimento. A capsaicina possui propriedades antioxidantes, anticarcinogênicas e antimutagênicas. Pode ser consumida na forma de molhos ou até mesmo em geleias.
 








Canela: a Cinnamomi cassiae possui compostos com propriedades de potencializar a ação da insulina e podem estar envolvidos no alívio dos sinais e sintomas de diabetes e resistência à insulina. Poder ser consumida com frutas e também na forma de chá.






Referências Bibliográficas
1. RODRIGUES, R. S.; DA SILVA, R.R. A história sob o olhar da química: as especiarias e sua importância na alimentação humana. Química nova na escola; 32(2): 84 – 89, 2010.
2. PORTE, A.; GODOY, R.L.O. Alecrim: propriedades antimicrobianas e química do óleo essencial. Bol. Centro Pesqui. Process. Aliment; 19(2):193 – 210, 2001.
3. DE SOUZA, E.L.; STAMFORD, T. L. M. Orégano: uma especiaria como potencial fonte de compostos antimocribianos. Revista Higiene Alimentar; 19(132): 40-45, 2005.
4. MIMEAULT, M.; BATRA, S. K. Potencial applications of curcumin and its novel synthetic analogs and nanotechnology-based formulations in cancer prevention and therapy. Chinese Medicine; 6(31): 1- 19, 2011.
5. QIN, B.; PANICKAR, K. S.; ANDERSON, R. A. Cinnamon: potencial role in the prevention of insulin resistence, metabolic syndrome, and type 2 diabetes. J Diabetes Sci Technol; 4(3): 685-693, 2010.
6. OYAGBEMI, A. A.; SABA, A. B.; AZEEZ, O. I. Capsaicin: a novel chemopreventive molecule and its underlying molecular mechanisms of action. Indian J Cancer; 47(1): 53-58, 2010.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Dormir pouco aumenta o apetite por comida gordurosa

 Passar um noite mal dormida pode prejudicar a alimentação Foto: Getty Images
Dormir pouco pode aumentar o apetite por comidas gordurosas, segundo um estudo divulgado na sesemana passada pela Universidade Columbia, nos Estados Unidos.
De acordo com Marie-Pierre St-Onge, autora do estudo, isso acontece porque a visão de alimentos pouco saudáveis, durante um período de restrição de sono, ativa centros de recompensa no cérebro que não são ativados da mesma maneira quando o sono é adequado.
A constatação foi feita depois de submeter vinte cinco pessoas, entre homens e mulheres, a exames de ressonância magnética enquanto olhavam para imagens de alimentos saudáveis e gordurosos.
Os participantes foram divididos em dois grupos: um que dormiu apenas quatro horas durante cinco noites e outro que dormiu nove horas no mesmo período. Ao compararem dados dos dois grupos, os que dormiram menos se mostraram mais atraídos pelos alimentos gordurosos.
Trabalhos anteriores já mostraram que o sono restrito leva ao maior consumo de alimentos, principalmente doces, e aumenta o risco de obesidade.
"Os resultados sugerem que, sob sono restrito, as pessoas vão achar alimentos ruins melhores do que são, o que pode levar a um maior consumo desses alimentos", afirma St-Onge.
 Fonte: “Sleep restriction increases the neuronal response to unhealthy food stimuli” , SLEEP 2012.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Controle rígido e permanente da pressão arterial em diabéticos é fundamental

 Controle rígido e permanente da pressão arterial em diabéticos é fundamental , comprova estudo

Um  estudo   chamado  de  UKPDS  (United Kingdom Prospective Diabetes Study) , publicado há anos atrás ,  demonstrou  que um controle mais rígido da pressão arterial (valores inferiores a 130/85 mmHg)  em pacientes diabéticos do tipo II , diminuia o risco de complicações cardiovasculares, como o acidente vascular cerebral (derrame cerebral). Recentemente  um novo estudo , analisando os mesmos participantes do UKPDS , demonstrou a necessidade que este controle rígido da pressão arterial seja permanente.
Questionários anuais foram aplicados a esses pacientes e a seus médicos.O comportamento da pressão arterial e a ocorrência de complicações cardiovasculares, foram avaliados durante os vários anos após o término do estudo. As diferenças em relação à pressão arterial , entre os dois grupos (controle  rígido ou menos rígido), desapareceram em até dois anos após o término do estudo.
Reduções significativas do risco relativo encontradas durante o estudo , para todas as complicações cardiovasculares ,  mortalidade associada  e acidente vascular encefálico ( derrame cerebral), no grupo submetido ao controle rígido da pressão arterial , em comparação ao controle menos estrito, não foram mantidas durante o seguimento pós estudo.
Os autores do estudo  concluem que em pacientes portadores de diabete melito do tipo II , um controle rígido da pressão arterial , diminui o risco de complicações cardiovasculares , no entanto , à medida que esse controle se perde ao londo do tempo , esses benefícios adicionais vão desaparecendo. Portanto , em diabéticos do tipo II, é fundamental  um controle rígido e permanente da pressão arterial.

Fonte: New England Journal of Medicine.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Excesso de gorduras pode afetar a qualidade do esperma

 


Homens que consomem grandes quantidades de gordura podem apresentar uma redução da concentração de espermatozoides, a célula reprodutora masculina, em seu esperma.
Esta é a conclusão principal de um estudo realizado por pesquisadores da escola de medicina de Havard (Boston, Estados Unidos).O esperma é constituído por espermatozoides, liquido seminal e prostático.
Um total de 99 homens participaram do estudo.Seus hábitos alimentares, bem como a qualidade de seu esperma, foram avaliados pelos pesquisadores norte-americanos.
A concentração de espermatozoides no esperma foi aproximadamente 40% menor nos homens cuja dieta fornecia 37% ou mais de calorias oriundas da ingestão de gorduras, quando comparados aos homens que ingeriram menos gorduras.A força desta associação permaneceu mesmo quando foram levados em conta o índice de massa corporal (IMC) e outros fatores relacionados ao estilo de vida.A maior ingestão de ácidos graxos ômega-3, gorduras benéficas para a saúde humana, associou-se a uma melhor morfologia dos espermatozoides.
"Apesar de suas limitações, este é o primeiro estudo que associa a ingestão diária de gorduras com a qualidade do esperma humano.Mais estudos são necessários para validar estas associações", finaliza o Dr. Jill A. Attaman, autor principal do estudo.
Fonte: Human Reproduction.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Emagrecimento - O ideal é associar uma dieta aos exercícios físicos!!!




        Um estudo realizado pelo Dr. Enette Larson-Meyer (Universidade de Wyoming, Estados Unidos) publicado na revista Medicine & Science in Sports & Exercise, demonstrou que a forma mais saudável de perder  peso é associando uma dieta de baixas calorias com a prática regular de exercicios físicos.O investigador avaliou 36 homens e mulheres com sobrepeso durante um período médio de seis meses.A idade média dos participantes do estudo foi de 39 anos de idade.
       Os participantes foram divididos em  três grupos: G1 (redução de 25% da ingestão calórica diária, mas sem exercícios), G2 (redução de 12,5% da ingestão calórica diária associada a prática regular de exercícios com um aumento do gasto calórico diário de 12,5%) e G3 (grupo de controles que seguiram com a sua dieta habitual e sem exercícios). Desta forma, o balanço calórico do G1 e G2 foi o mesmo, ou seja, 25% menor do que o habitual.
            Ao final do estudo, os participantes do G1 e G2  tiveram um balanço calórico diário 25% menor e a mesma perda de peso, ou seja, cerca  de 10% do peso corporal. No entanto, os autores do estudo observaram que os participantes do G2 (dieta com redução de 12,5% da ingestão calórica diária associada a prática regular de exercícios com um aumento do gasto calórico diário em 12,5%), obtiveram maiores reduções da pressão arterial e dos níveis de colesterol do sangue. Os autores do estudo concluíram que emagrecer fazendo um dieta associada à pratica regular de exercícios físicos proporciona maiores benefícios à saude, comparativamente a mesma perda de peso obtida exclusivamente através de uma dieta mais restritiva de calorias.
Fonte: Medicine & Science in Sports & Exercise.

Cirurgia bariátrica reduz o risco de um ataque cardíaco, diz estudo


 
         A obesidade é um importante fator de risco para a ocorrência de complicações cardiovasculares, como o infarto do miocárdio (ataque cardíaco) ou acidente vascular cerebral (derrame cerebral). A perda de peso através da cirurgia bariátrica, também chamada de cirurgia antiobesidade, é capaz de reduzir as taxas de complicações cardiovasculares em indivíduos adultos obesos. Esta é a conclusão principal de um estudo realizado por pesquisadores suecos.
         O estudo avaliou informações obtidas a partir de 25 centros públicos de cirurgia e, 480 centros de cuidados primários de saúde na Suécia. Um total de 2.010 indivíduos obesos submeteram-se à cirurgia bariátrica (grupo cirúrgico) e, 2.037 obesos receberam apenas o tratamento habitual, como orientações dietéticas e prática de atividades físicas (grupo controle).
          Os pacientes foram recrutados entre setembro de 1987 e janeiro de 2001.A análise dos dois grupos foi realizada em dezembro de 2009 (acompanhamento médio de 14,7 anos). O índice de massa corporal (IMC) mínimo exigido para a inclusão no estudo foi de 34 kg/m² para os homens e, 38 kg/m² para as mulheres. Os pacientes do grupo cirúrgico foram submetidos as seguintes modalidades de cirurgia: bypass gástrico (13,2%), banda gástrica (18,7%) e gastroplastia vertical (68,1%).
          As incidências de novos casos de infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral foram avaliadas em ambos os grupos de pacientes. O grupo submetido à cirurgia bariátrica apresentou uma taxa significativamente menor de eventos cardiovasculares (199 casos no grupo cirúrgico versus 244 casos no grupo controle).
      Os autores do estudo concluíram que, em comparação com os cuidados habituais, a cirurgia bariátrica associou-se a uma menor incidência de complicações cardiovasculares em adultos obesos.
Fonte: Journal of American Medical Association.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Estudo relaciona excesso de refrigerantes com doenças pulmonares

            O consumo de refrigerantes associa-se a uma série de doenças crônicas, mas nenhum estudo havia demonstrado uma relação com o desenvolvimento da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), como a asma brônquica, bronquite crônica ou enfisema pulmonar.
Um estudo que avaliou 16.907 indivíduos adultos, residentes no Sul da Austrália, demonstrou uma associação positiva entre o consumo elevado de refrigerantes e o desenvolvimento da DPOC.
          Os dados do estudo foram coletados a partir de um sistema de vigilância de fatores de risco para doenças comuns.Entre os 16.907 participantes do estudo, 11,4% relataram um consumo diário de mais de meio litro de refrigerantes.
         Altos níveis de consumo de refrigerantes foram positivamente associados com o desenvolvimento da DPOC. Após uma análise estatística, a qual excluiu outros fatores de risco e aspectos do estilo de vida, os pesquisadores observaram um aumento de 26% no risco relativo de asma brônquica e, 79% no risco relativo de bronquite crônica ou enfisema pulmonar entre os consumidores de grandes quantias de refrigerantes, quando comparados com aqueles indivíduos que não consumiam tais bebidas.
Fonte: Respirology.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Orientações para transformar a sua dieta mais rica em ferro

 


O ferro é um elemento mineral que pode ser encontrado nos alimentos sob duas formas químicas diferentes. Existe o ferro “não heme” (também denominado por vezes de “inorgânico”), que se encontra presente nos vegetais, leite e ovos. Estes alimentos só contêm este tipo específico de ferro, embora na carne e no peixe o ferro “não heme” constitua cerca de 65% do total. O ferro “heme”, ou orgânico só se encontra na carne e no peixe, constituindo 35% do total de ferro contido nestes alimentos.
O ferro, independentemente do seu tipo, seja ferro “heme” ou ferro “não heme”, possui uma taxa reduzida de absorção. As taxas variam conforme o tipo, mas a absorção nos vegetais, em geral, é de apenas 10%, do peixe cerca de 15% e na soja e seus derivados cerca de 20%. O tipo de alimento que apresenta uma maior taxa de absorção de ferro é o grupo das carnes, registando-se 30%
de absorção efetiva. Existe o mito que o ferro da carne é melhor que o ferro de origem vegetal, embora este fato não seja correto. Isto porque o organismo não consegue distinguir, uma vez absorvido, se o ferro teve origem a partir de vegetais ou carnes, sendo ambos os tipos aproveitados metabolicamente.
O que acontece é que, como se demonstrou, a taxa de absorção do ferro da carne, o ferro “heme”, é superior ao ferro vegetal, o ferro “não heme”, embora seja mais prejudicial ao coração.A vitamina C aumenta a absorção do ferro “não heme”. Já o cálcio, os oxalatos das verduras, os cereais, os polifenóis ou taninos do chá e até certos alimentos de origem vegetal podem prejudicar a absorção de ferro, caso estejam presentes em excesso.

Alimentos considerados com alto teor de ferro:
-Carne de vaca, peixe, frango, fígado e mariscos.
-Gema de ovo.
-Os grãos: soja, Glossary Link feijão, lentilha, ervilha e grão-de-bico.
-Verduras: Glossary Link espinafre, brócolis, couve e outras verduras com folhagem verde mais escura.
-Frutas secas.
-Cereais enriquecidos com ferro.
Alimentos considerados com baixo teor de ferro:
-Leite e derivados.
Substâncias que diminuem a absorção intestinal do ferro:
-Leite e derivados.
-Alimentos ricos em fibras.
Substâncias que aumentam a absorção intestinal do ferro:
-Vitamina C.
-Alimentos ricos em vitamina C em ordem de concentração (tomar 1 copo de suco após o almoço) - Glossary Link acerola, cajú, Glossary Link pimentão vermelho, Glossary Link goiaba, salsa seca, Glossary Link kiwi, Glossary Link pimentão verde, laranja, limão, agrião, repolho, couve, Glossary Link melão, Glossary Link tomate, tangerina e Glossary Link abacaxi

Dieta rica em antioxidantes diminui o risco de AVC

 


As mulheres que ingerem uma dieta rica em substâncias antioxidantes apresentam um risco menor de AVC (acidente vascular cerebral), conhecido popularmente como derrame cerebral.Este achado é mais significativo entre as mulheres sem história prévia de doença cardiovascular.Estas são as conclusões principais de uma nova pesquisa realizada na Suécia.
O estudo descobriu que mulheres sem história de doença cardiovascular e que consumiam uma grande quantidade de alimentos ricos em antioxidantes como frutas, legumes, chás, grãos integrais e chocolate, tinham um risco 17% menor de qualquer tipo de AVC, quando comparadas com aquelas que ingeriam pequenas quantias destes alimentos.
As mulheres que consumiam uma dieta rica em alimentos antioxidantes apresentaram um risco 45% menor de AVC hemorrágico, responsável por cerca de 10% de todos os casos de AVC.
"Este estudo sugere que uma dieta rica em antioxidantes, especialmente composta de frutas e legumes, pode ser uma medida preventiva importante em relação ao AVC", disse a Dra. Susanne Rautiainen, autora principal do estudo e pesquisadora do Instituto Karolinska (Estocolmo, Suécia).
Os pesquisadores analisaram 31.035 mulheres livres de doença cardiovascular no início do estudo e 5.680 mulheres com antecedentes de doença cardiovascular.Os hábitos alimentares destas mulheres foram avaliados, bem como os níveis de ingestão de alimentos ricos em antioxidantes.Os pesquisadores identificaram 1.322 casos de AVC entre mulheres sem histórico de doença cardiovascular e 1.007 casos de AVC entre mulheres com histórico positivo.
Os dados foram obtidos a partir do Registro Hospitalar Sueco.O risco de AVC foi ajustado para idade, escolaridade, tabagismo, índice de massa corporal, atividade física, hipertensão arterial, colesterol elevado, diabetes, história familiar de infarto do miocárdio, uso de aspirina, uso de suplementos alimentares, consumo calórico diário e ingestão de álcool e café.
As frutas e legumes contribuíram com cerca de 50% do aporte de antioxidantes.Outras fontes alimentares de antioxidantes foram os grãos integrais (18%), chás (16%) e chocolate (5%).
Fonte: Stroke.

 
 Os alimentos mais ricos em antioxidantes são:

       Temperos e ervas: são um dos principais grupos de alimentos com alto valor de antioxidantes. Podem ser destacados o cravo-da-índia, hortelã desidratado, pimenta-da-jamaica, orégano, tomilho, alecrim, açafrão e sálvia (todos desidratados). Apesar de serem consumidos em pequenas quantidades, contribuem de maneira importante para o potencial antioxidante da dieta, especialmente quando utilizados regularmente nas preparações culinárias.
     Frutas vermelhas e berries: o mirtilo, o Zereshk (um tipo de baga vermelha), ameixa seca, morango e romã são os alimentos que mais contêm compostos antioxidantes no grupo das frutas vermelhas e berries.
     Nozes e sementes: as principais fontes de antioxidantes deste grupo são as nozes, noz-pecã, semente de girassol, castanhas, amendoins, avelãs e amêndoas, sempre com casca.
     Frutas e sucos naturais: algumas frutas e sucos naturais com maior conteúdo de antioxidantes são maçã desidratada, damasco seco, suco de romã, manga desidratada, suco de uva, suco de ameixa, suco de cranberry, laranja, suco de laranja, mamão papaya e maçã.
     Bebidas: os maiores valores de antioxidantes foram encontrados nas folhas de chás (não processadas), nos chás em pó e no café. Outras fontes são o vinho tinto, chá verde e chá preto, além dos sucos naturais acima. 
     Chocolates: a presença do cacau é que determina o teor de antioxidante do chocolate. Por isso, os chocolates amargos, com mais cacau, são melhores para a saúde. No estudo, os chocolates com 70 a 99% de cacau apresentaram os maiores valores de antioxidantes, seguidos pelos de 40 a 65% e, por último, de 24 a 30% de cacau.

domingo, 10 de junho de 2012

Anabolizantes e seu uso irregular



Os produtos anabolizantes contendo esteróides ou substâncias similares aos hormônios podem fazer milagres imediatos para a massa muscular, mas são uma catástrofe, em curto ou longo prazo, para a saúde em geral e para o coração.
O uso desses produtos é fator de risco para doenças cardiovasculares. Podem causar derrames, piorar os níveis de colesterol no sangue, causar distúrbios na coagulação sanguínea e hipertensão e aumentar as chances de infarto.
Isso sem falar nos outros estragos à saúde. Entre os efeitos adversos constatados, estão lesão no fígado, insuficiência renal, embolismo pulmonar, infertilidade e impotência, masculinização em mulheres, crescimento das mamas em homens e baixa estatura em crianças.
O problema é que, embora os malefícios sejam bem conhecidos, esses produtos continuam a ser irregularmente comercializados e consumidos por pessoas em busca de uma ilusória boa forma.
Por esse motivo, o FDA, agência que regula a venda de medicamentos e alimentos nos EUA, acaba de lançar um alerta público para que os consumidores parem de usar produtos anabolizantes com esteróides ou similares.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também alerta sobre o uso irregular de anabolizantes. Sua venda e seu uso para fins de aumento da massa muscular são considerados ilegais.
Muitos desses produtos são vendidos como suplementos alimentares, mas não são. Anabolizantes são medicamentos, e podem ser usados para patologias específicas. Mas o uso do produto sem necessidade médica, com o intuito de causar hipertrofia muscular, é irregular e perigoso.
Mesmo assim, os anabolizantes para esse fim são vendidos irregularmente, seja por meio de sites na Internet seja pelo “comércio” informal em academias ou mesmo lojas de suplementos. Isso acontece tanto no Brasil quanto em outras partes do mundo.  
No recente alerta da FDA, foram listados como perigosos à saúde os produtos TREN-Xtreme, MASS Xtreme, ESTRO Xtrene, AH-89 Xtreme, HMG Xtreme, MMA-3 Xtreme, VNS-9 Xtreme e TT-40 Xtreme.
Para as pessoas que usam esses produtos, a recomendação é suspender imediatamente o uso. Quem apresenta sintomas possivelmente relacionados ao produto, especialmente náuseas, fraqueza ou fadiga, febre, dor abdominal ou peito, fôlego curto, pele ou olhos amarelados e urina escura, deve procurar um médico.

Fonte: Anvisa


sexta-feira, 8 de junho de 2012

Dicas para cuidar da alimentação no inverno

Vivemos em uma época caracterizada pelo aumento na expectativa de vida da população mundial. Com isso, doenças como as cardiovasculares, tornaram-se as causas mais comuns de mortes nos países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Fato esse, influenciado pela industrialização, pela urbanização e pela mudança no estilo de vida da população, principalmente no que se refere ao hábito alimentar.

As adequações da alimentação constituem medidas fundamentais para a preservação da saúde e prevenção de doenças. No contexto cardiovascular, e em especial na prevenção do infarto e no controle da hipertensão arterial, a adoção de um estilo alimentar adequado destaca-se como medida básica e essencial.

A manutenção da alimentação saudável deve ser feita ao longo de todo o ano. Porém, com maior rigor nos meses de inverno. Isso porque cerca de 80% das pessoas ganham em torno de 1 a 2 kilos nos meses de junho, julho e agosto. Quando os alimentos leves são trocados por gordurosos, e os exercícios físicos são deixados de lado.

Por isso, as recomendações básicas para uma dieta balanceada durante essa época do ano são as seguintes:

• Alimentação rica em frutas, hotaliças, laticínios com baixos teores de gorduras, fibras e mineirais.
• Redução no consumo de sal. A taxa de consumo diária não deve exceder a 2g de sódio – o que corresponde a 5g de sal de cozinha.

Ademais, os infartos também são mais incidentes em épocas de frio. Decorrentes, em grande parte, da lesão isquêmica, devido a redução de oxigênio. Com o clima frio e consequente diminuição da temperatura corporal, ocorre constrição dos vasos do organismo acarretando redução na oferta de oxigênio.

Desta feita, procure manter uma alimentação balanceada durante todos os dias do ano, com especial atenção aos meses de inverno. Assim, ganhamos em saúde e qualidade de vida.


OBS: Veja mais dicas de alimentação saudável no blog ;)
Fonte: Sociedade Brasileira de Cardiologia

Opções mais saudáveis de carne...saiba como escolher!!!




As carnes vermelhas e os embutidos, como a salsicha e o salame, são as maiores fontes de gordura saturada (GS).Outras fontes ricas em GS são o leite integral e seus derivados, como os queijos e a menteiga.Em geral, quanto mais macio e amarelo é o queijo, maior é o seu teor de GS.
As GS aumentam o risco de doença cardiovascular, por elevar o LDL colesterol ("colesterol ruim").Além disso, estudos realizados com milhares de indivíduos indicaram um maior risco de morte entre aqueles que consumiam maiores quantidades de carne vermelha.
 Em suas compras no supermercado, escolha produtos sem gordura branca visível.Para reduzir o nível de GS das aves, é fundamental evitar comer a pele. A melhor opção é o peito de frango, parte menos gordurosa das aves.

Escolha as carnes mais saudáveis
Alimento - Percentual de Gordura Total (GT) - Percentual de Gordura Saturada(GS)
Bacon- GT 77% - GS 27%
Salsihas- GT 72% - GS
Bife de alcatra magro- GT 50% - GS 21%
Carne moída- GT 64% - GS 27%
Carne suína magra- GT 29% - GS 10%
Carneiro magro- GT 56% - GS 26%
Coxa de frango com a pele- GT 56% - GS 16%
Peito de frango sem pele- GT 17% - GS 5%