segunda-feira, 29 de abril de 2013

Alimentação mediterrânea melhora função cardiaca

 Frutas, vegetais, cereais (principalmente integrais), azeite, leguminosas, frutas secas e sementes, especiarias e ervas aromáticas são a base da alimentação mediterränea. O peixe é substituido pelas carnes e os lacticínios são ingeridos em quantidades moderadas. Muitos são os efeitos benéficos que são conhecidos para quem faz uso dessa alimentação. O aumento da expectativa de vida é o benefício mais precioso e é possível pelo fato de serem prevenidas uma série de doenças crönicas.
          O efeito protetor no desenvolvimento de anormalidades cardíacas e no acompanhamento de doentes já com problemas cardíacos, tem sido pouco estudado. Nesse estudo foram seguidos durante 4 anos, 1000 pacientes com doença cardíaca. A adesão a uma alimentação mediterrânica permitiu preservar a função sistólica ventricular durante a internação e diminuiu a recorrência de eventos cardiovasculares durante os 2 anos de seguimento.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Dieta rica em fibra aumenta a longevidade

De acordo com o estudo publicado  no Archives of Internal Medicine, indivíduos que consomem uma alimentação rica em fibra possuem maior longevidade.
 As fibras alimentares mantém o trato-gastrointestinal  funcionando corretamente diminuindo assim,  o risco de várias neoplasias. Para além disso, as bactérias presentes no intestino ao metabolizarem as fibras alimentares produzem várias substâncias, a partir das quais o risco de doenças cardiovasculares, diabetes, doenças infecciosas e respiratórias diminui.  
Este estudo teve a duração de 9 anos e avaliou 219.123 indivíduos entre os 50 e 71 anos de idade. Os resultados obtidos indicam que a incidência de óbitos foi  inferior 22% nos indivíduos que ingeriram no mínimo 26 gramas de fibra/dia em relação aos que consumiam apenas 13 gramas ou menos.
 
  É indiscutível o papel funcional das fibras alimentares no funcionamento do nosso organismo. Para aumentar o seu consumo basta incluir diariamente na sua alimentação: sopa, legumes ou salada; leguminosas, fruta fresca (preferencialmente biológica - livre de qualquer tipo de quimicos podendo de forma segura ingerir a casca de alguns frutos); cereais integrais, oleaginosas e sementes.
Assim, contribuirá ativamente, e de forma efetiva, para aumentar  e melhorar a qualidade do tempo de vida.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Caminhar diminui a predisposição genética para a obesidade

Um estudo apresentado na American Heart Association’s Epidemiology and Prevention/Nutrition, Physical Activity and Metabolism Scientific Sessions foi pioneiro ao analisar o efeito direto do sedentarismo no índice de massa corporal (IMC),em indivíduos com predisposição genética para a obesidade. 
Este estudo foi apresentado em Março 2011 nas sessões científicas e incluiu 7.740 mulheres e 4.564 homens. Foram recolhidas informações sobre a atividade física e visualização de televisão, dois anos antes de analisarem o IMC. A predisposição genética para a obesidade foi determinada tendo em conta 32 genes conhecidos por aumentarem o IMC. O estudo verificou que cada um dos genes estava associado com um aumento de cerca de 0,13 kg/m2 do índice de massa corporal. Contudo, esse efeito era menor para as pessoas que tinham níveis mais elevados de atividade física. Adicionalmente foi também constatado que, o efeito genético no IMC foi mais pronunciado nos indivíduos que passavam cerca de 40 horas, por semana, a ver televisão do que para aqueles que despendiam apenas uma hora ou menos por semana.
Os investigadores verificaram que caminhar uma hora por dia, de forma vigorosa, estava associada com uma redução de 0,06 kg/m2 do efeito genético no índice de massa corporal e que cada duas horas a mais a ver televisão estava associada com um aumento de 0,03 kg/m2 do efeito genético no IMC.
Comentários:
- Este estudo vem reforçar a sinergia necessária entre o aumento da atividade física e a diminuição dos comportamentos sedentários na predisposição genética para a obesidade.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Mais vontade de consumir carboidratos quando o estômago está vazio!

Privação de alimentos por várias horas e mesmo por períodos entre 18 a 24 horas são comuns, quer para fazer alguns exames médicos, cirurgias, ou pode acabar por ser imposto em casos de dietas, jejuns religiosos ou mesmo por imposição de horários de trabalho.
Na Archives of Internal Medicine foi publicado em Junho de 2012 uma investigação que demonstra quais os alimentos que mais procuramos após um período de jejum.
Após um período de jejum, há a tendência para ignorar alimentos com proteínas, gorduras e mesmo vegetais. A preocupação principal é comer algo com açúcar!
Sabendo que o único alimento do nosso cérebro é açúcar, não é de estranhar este resultado. Curioso também é verificar que numa refeição, começar pela salada ou saltar logo para alimentos como arroz/batata/massa pode fazer diferença na quantidade total ingerida de alimentos. Come geralmente menos quem começa pela salada.
Os voluntários que participaram no estudo e que fizeram jejum por pelo menos 18 horas, todos os dias durante 12 semanas, começavam geralmente as refeições pelos carboidratos. No final, consumiam mais 46,7% de carboidratos, menos 20% de legumes e mais 20% de alimentos no geral, do que os voluntários sem jejum.
Não pular refeições é portanto fundamental para ajudar nas escolhas saudáveis.

Obesidade prejudica o cérebro

A obesidade induz alterações que já se sabem terem consequências na vida futura e não é só em termos de auto-estima. Um estudo recente publicado na revista Neurology, avaliou cerca de 6 mil indivíduos britânicos durante uma década e concluiu que as consequências vão muito além do aspecto físico.
Os indivíduos possuíam entre 39 e 63 anos e foram avaliados parâmetros como índice de massa corporal, triglicerídeos, colesterol, pressão arterial, glicemia, medicação tomada. Em termos cognitivos, foi avaliada a memória, semântica, fluência de discurso e raciocínio.
31% dos avaliados tinha valores metabólicos anormais, 38,2% tinha excesso de peso e 9,1% era obeso. O maior declínio cognitivo foi visto nos indivíduos com alterações metabólicas e nos indivíduos obesos.
Os resultados, desta década de estudo, não serviram para atingir conclusões finais, sendo a única certeza a de que as mudanças metabólicas, como a glicemia e o colesterol altos, influenciam a performance do nosso cérebro.
Os responsáveis pelo estudo garantem que é necessária mais pesquisa para olhar os efeitos dos fatores genéticos, ter em conta o tempo em que a pessoa é obesa, assim como observar os testes cognitivos ao longo da vida.
De qualquer forma, é mais um aviso para que inicie já um estilo de vida saudável para perder ou manter o seu peso.

sábado, 6 de abril de 2013

Altas concentrações de sal provocam mecanismos de aversão ao sabor salgado

  Na língua, classes distintas de receptores de sabor detectam cinco sabores básicos; doce, azedo, amargo, salgado e umami. Entre essas qualidades, estímulos amargo e azedo são naturalmente aversivos, enquanto doce e umami são apetitosos e geralmente atraentes para animais. Em contrapartida, o sabor salgado é o único que transforma um estímulo de apetite em aversão, conforme tem seu consumo aumentado. Este equilíbrio apetitoso-aversivo auxilia na manutenção da ingestão de sal adequada e representa um componente importante para a homeostase dos fluidos e eletrólitos.
Foi mostrado anteriormente que as respostas do apetite por NaCl são mediadas por células receptoras gustativas que expressam o canal de sódio epitelial, mas o substrato celular para aversão sal é desconhecido. Neste estudo foi examinada a base celular e molecular para a rejeição de altas concentrações de sal. Foi mostrado que o sal quando em altas concentrações ativa dois mecanismos primários do sabor aversivo estimulando as células sensíveis ao sabor azedo e amargo. Também foi mostrado que o silenciamento genético desses mecanismos elimina o comportamento de aversão dependente da concentração de sal, sem impedir a atração pelo sal. Notavelmente, ratos desprovidos das vias de aversão ao sal possuem atração por concentrações aumentadas de NaCl. Dessa forma, os autores propõem que essas vias associadas aos estímulos dos sabores azedo e amargo evoluíram para assegurar rejeição ao consumo de sal em excesso, evitando possíveis efeitos prejudiciais à saúde.



sexta-feira, 5 de abril de 2013

Obesidade pode causar alterações genéticas

De acordo com um recente estudo o excesso de peso e uma alimentação rica em gordura podem causar alterações genéticas.
Nesta investigação foi analisado o genoma de 703 pessoas  e foi observado que o gene LY86 sofreu uma metilação – ligação ou substituição de um grupo metil sobre vários substratos.
O gene LY86 está descrito com um dos 100 genes identificados como possíveis contribuidores na obesidade, em estudos genéticos de larga escala que comparam o DNA de milhares de indivíduos obesos e magros. Os resultados revelam uma mudança química no genoma, como se o organismo se adaptasse ao novo ambiente; no entanto, o fenömeno aumenta o risco de determinados tipos de cäncer, doenças cardiovasculares e pode causar resistência à insulina, uma das causas da diabetes. Já se sabe que a obesidade pode apresentar uma carga hereditária  ou seja, se os pais forem obesos, as crianças tem um grande risco de o virem a ser.  Entender de que modo os nossos genes influenciam a obesidade é fundamental para compreender a atual epidemia de obesidade, mas é importante lembrar que alterações genéticas por si só não significam que a obesidade é inevitável. O ambiente, a alimentação à base de gordura e a exposição química, pode aumentar esse risco e são por isso fatores preponderantes a trabalhar na consulta de nutrição funcional.