As dislipidemias podem causar: ateriosclerose, angina pectoris,
infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral, insuficiência
vascular periférica, entre outras.
Porém, muitas dislipidemias são assintomáticas e suas conseqüências
não são menos sérias.
Por isso, pacientes que se enquadrem na
classificação da Associação Médica Brasileira devem se precaver e fazer
exames de rotina. Essas alterações são detectáveis em exames de
sangue.
O risco da ateriosclerose é avaliado analisando-se os fatores de risco e os agentes causais.
Entre os fatores de risco estão:
- o fumo;
- a hipertensão arterial sistêmica;
- o colesterol HDL-C menor que 40 mg/Dl;
- o diabetes;
- a idade (maior ou igual a 45 para homens, maior ou igual a 55 para mulheres);
- o histórico familiar (parentes de primeiro grau com menos de 55 e mulheres com menos de 65 anos).
Desconta-se dos valores de risco acima o percentual de HDL-C quando
ele for maior que 60 mg/dl. Ele é considerado um protetor contra a
dislipidemia causadora da ateriosclerose.
Os portadores das dislipidemias primárias são definidos como pacientes de alto risco para a ateriosclerose.
Nem sempre é possível prevenir, já que podem ter origem genética,
mas, mesmo nestes casos, os médicos aconselham a Mudança do Estilo de
Vida, o que chamam de terapia MEV.
A MEV começa com a mudança na alimentação. A terapia nutricional é
importante para evitar o consumo exagerado de gordura e o conseqüente
acúmulo de lipídeos nas paredes de veias e artérias.
Entre as recomendações alimentares:
- redução dos alimentos de origem animal, os óleos de coco e de dendê,nos quais os índices de colesterol e AGS são mais altos;
- maior ingestão de alimentos com Ômega-3: peixes de águas frias,
como o cavalinha, a sardinha e o salmão, e óleos de soja e canola;
- ingestão de vegetais e fibras solúveis – que ajudam na eliminação do colesterol;
Outro fator que contribui para a aterosclerose é o sedentarismo. A
prática regular de exercícios físicos previne a formação das placas,
melhora a condição cardiovascular, reduz a obesidade e o estresse e
influencia beneficamente a pressão arterial.
Por último, e não menos importante, é o combate ao tabagismo.
O
Ministério da Saúde e o Instituto Nacional do Câncer recomendam, para
este fator de risco, o tratamento em duas etapas: a abordagem
comportamental e a farmacoterápica.
TRATAMENTOS NUTRICIONAIS:
Ph.D., T. Manual de Bioquímica com Correlações Clínicas, São Paulo: Edgard Blücher LTDA,2003.
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