quinta-feira, 7 de março de 2013

Genes associados à obesidade podem influenciar escolhas alimentares

Um estudo publicado na American Journal of Clinical Nutrition revela que algumas variações em dois genes ligados à obesidade, o FTO e o BDNF, podem ter influência nas escolhas alimentares que contribuem para o desenvolvimento da obesidade.
Os investigadores afirmam que algumas pessoas que apresentam variações nos referidos genes tendem a:
- Fazer mais refeições e lanches;
- Ingerir mais calorias por dia;
- Preferir alimentos com elevado teor de gordura e açúcar.



- Entender de que modo os nossos genes influenciam a obesidade é fundamental para compreender a atual epidemia de obesidade, mas é importante lembrar que alterações genéticas por si só não significam que a obesidade é inevitável. As nossas opções relativamente ao estilo de vida são fundamentais quando se trata de determinar quão magros ou pesados ​​somos, independentemente das características genéticas.
- No entanto, a descoberta deste tipo de marcadores genéticos torna-se uma mais valia nas intervenções para controle da obesidade em pessoas que são geneticamente predispostas.
- Este estudo é muito importante para percebermos que algumas pessoas obesas não dependem apenas do seu comportamento mas também da sua genética. 

Falta de vitamina D pode aumentar o risco cardiovascular em diabéticos

Um novo estudo publicado no Journal of Biological Chemistry dosou os níveis de vitamina D em 43 doentes diabéticos tipo 2 e num grupo de controlo sem diabetes (n=25).

Segundo os resultados os diabéticos que recebem uma quantidade adequada de vitamina D são menos propensos a desenvolver aterosclerose (formação de ateromas – placas – que se  formam na parede dos vasos sanguíneos impedindo o correto fluxo sanguíneo). 

Segundo os autores, a vitamina D desempenha um papel "chave" na doença cardíaca uma vez que quando os níveis de vitamina D estão baixos um tipo de glóbulos brancos (monócitos) transforma-se em macrófagos e aderem com maior facilidade às células na parede dos vasos sanguíneos. Este fato propicia a acumulação de colesterol dentro dos vasos podendo chegar à obstrução total dos mesmos.

 


- São já vários os estudos que ligam a deficiência de vitamina D a aumentos de doença cardiovascular e de mortalidade e outros que sugerem que a vitamina D pode melhorar a libertação de insulina do pâncreas e aumentar a sensibilidade à insulina.
- Neste sentido a vitamina D pode ser considerada uma potencial terapêutica para  diminuir a probabilidade destes doentes desenvolverem aterosclerose ou outras complicações vasculares.
- Tomar sol todos os dias pelo menos 10 a 15 minutos é fundamental para a produção de vitamina D; a ingestão de alimentos como fígado, peixes, ovos possuem alguma vitamina D mas em muitos casos acaba por ser necessário recorrer a suplementação.



Excesso de açúcar está associado ao cäncer

Um estudo publicado s no “Molecular Cell” chegou à conclusão de que excesso de açúcar está associado aorisco de cäncer.
Há muitas investigações que mostram que a obesidade é uma das principais causas de diabetes. Mas não há muitos estudos sobre a diabetes e obesidade e o risco de desenvolvimento de cäncer.
Esta investigação espanhola veio trazer alguma luz sobre este assunto. O estudo constatou que elevados níveis de açúcar aumentam a atividade de um gene que está envolvido na progressão de carcinomas. A investigação avaliou as células intestinais e a forma como respondem ao açúcar e como sinalizam o pâncreas para a produção de insulina. No intestino, os açúcares  despoletam a produção de uma hormona conhecida por GIP (Gastric inhibitory polypeptide ) que aumenta a produção de insulina pelo pâncreas. O estudo apurou que a capacidade das células do intestino segregarem a GIP é controlada por uma proteína, a beta-catenina, sendo a atividade desta proteína dependente dos níveis de açúcar.
Um dos principais fatores para o desenvolvimento de vários tipos de cancro e que pode transformar as células saudáveis em células imortais são os elevados níveis de beta-catenina. Os investigadores verificaram que níveis elevados de açúcar induzem uma acumulação da beta-catenina, o que conduz à proliferação celular.
 
Portanto, alterações no metabolismo causadas pelo consumo de açúcar têm impacto no aumento de risco de desenvolvimento de cancros. Alteração dos hábitos alimentares como prevenção e durante o tratamento é, por isso, sempre necessária!


Fonte: http://www.cell.com/molecular-cell/home