domingo, 24 de junho de 2012

Metade da população brasileira tem excesso de peso, mostra pesquisa

        Praticamente metade, ou seja, 49% da população brasileira têm excesso de peso, revelam dados da pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), divulgada  pelo Ministério da Saúde. 
 
        Indivíduos com sobrepeso são aqueles que têm o Índice de Massa Corporal (IMC) entre 25 e 29,9 kg/m² (a definição não vale para crianças, idosos ou gestantes). Já são considerados obesos os que têm 30 kg/m² ou mais. O IMC é obtido dividindo-se o peso da pessoa pela altura ao quadrado.
                                        
           O levantamento, divulgado anualmente pelo Ministério, traz um diagnóstico da saúde do brasileiro a partir de questionamentos sobre os hábitos da população, como tabagismo, consumo abusivo de bebidas alcoólicas, alimentação e atividade física.
        O aumento da obesidade e do excesso de peso atinge tanto a população masculina quanto a feminina.

Porto Alegre foi a capital com maior proporção de pessoas acima do peso (55,4%), seguida de Fortaleza (53,7) e Maceió (53,1). Já as capitais com maiores índices de obesidade foram Macapá (21,4%),  Porto Alegre (19,6%) e Natal (18,5%).
 
  Ganho de peso com a idade
O envelhecimento, segundo os dados, tem forte influência na obesidade. Entre os homens, o problema do excesso de peso começa cedo e atinge 29,4% dos que têm entre 18 e 24 anos. Entre homens de 25 a 34 anos, o índice quase dobra, chegando a 55%. Dos 35 aos 45 anos, o percentual é de 63%.
Entre as mulheres, 25,4% entre 18 e 24 anos estão acima do peso. A proporção aumenta para 39,9% dos 25 aos 34 anos e chega a 55,9% dos 45 aos 54 anos.
Em relação à obesidade, 6,3% dos homens de 18 a 24 anos se encaixam nessa categoria, contra 17,2% dos homens de 25 a 34 anos. Entre as mulheres, 6,9% das que têm de 18 a 24 anos são obesas. O índice quase dobra entre mulheres de 25 a 34 anos (12,4%) e quase triplica entre 35 e 44 anos (17,1%). Após os 45 anos, a frequência da obesidade se mantém estável, atingindo cerca de um quarto da população feminina.
A pesquisa mostra como fator de risco o grande consumo de refrigerantes, carne e leite integral, que é rico em gorduras. Por outro lado, a pesquisa também mostra que o nível de escolaridade interfere positivamente nos hábitos alimentares. "Quem tem mais de 12 anos de escolaridade, consume mais hortaliças.
"Se não quisermos chegar ao patamar dos Estados Unidos, que tem mais de 25% da população obesa, agora é a hora de agir", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele acredita que o acordo com a indústria de alimentos para redução de gordura, assim como o acordo recente feito com escolas para a promoção da alimentação saudável, são medidas que devem ter impacto na tendência de obesidade no futuro.
Evolução da frequência de excesso de peso na população brasileira

Fonte:
VIGILÂNCIA DE FATORES DE RISCO E PROTEÇÃO PARA DOENÇAS
CRÔNICAS POR INQUÉRITO TELEFÔNICO, Brasília, 2011

IBGE revela: açúcar em excesso é consumido por 80% das crianças


 Os números são alarmantes. Durante o 8º Fórum Nacional de Alimentação Escolar, que foi  realizado em São Paulo, pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que 80% das crianças brasileiras ingerem açúcar acima do nível recomendado pelos nutricionistas. E mais: enquanto isso, 89% consomem gordura além dos padrões considerados saudáveis.O estudo foi apresentado pelo pesquisador Edilson Nascimento Silva, que também mostrou que a ingestão de fibras é 82% abaixo do recomendável pela Organização Mundial da Saúde (OMS).




Para os nutricionistas que participaram do evento, esses números explicam o aumento verificado na obesidade da população brasileira, principalmente entre crianças e jovens.

Epidemia


“Estes dados só confirmam que a obesidade infantil tornou-se uma epidemia devido às mudanças nos hábitos alimentares das crianças e da população em geral. A genética é um fator importante na obesidade das crianças, porém não existe obesidade se não houver um desequilíbrio entre a ingestão alimentar e o gasto energético”, afirma a pediatra Lilian G. Zaboto, membro do
Departamento de Obesidade Infantil da ABESO.A Dra. Lilian explica que o consumo elevado de açúcar e gordura aumenta muito o número de calorias ingeridas em cada refeição. “A dica é que os pais evitem doces e guloseimas no dia a dia das crianças, restringindo a duas ou, no máximo, três vezes na semana”, comenta.

De acordo com a Pesquisa de Orçamentos Familiares
(POF), o excesso de peso entre meninos de 5 a 9 anos subiu de 10,9%, em 1974, para 34,8%, em 2009. Entre as meninas da mesma faixa etária, o sobrepeso aumentou de 8,6%, em 1974, para 32% em 2009.

Além de provocar obesidade, o consumo excessivo de açúcar pode acarretar doenças, como infecções, cáries, osteoporose, arteriosclerose, baixa imunidade, periodontites, aumento de glicemia e triglicérides e até mesmo o câncer. 

Fonte:Abeso

TEMPEROS NATURAIS E SEUS BENEFÍCIOS PARA A SAÚDE

Em 1453, Constantinopla foi tomada pelo império Turco-Otomano e este colocou, sob seu domínio, todo o comércio dos prin¬cipais condimentos utilizados na alimentação europeia, bem como as rotas para alcançá-los. Assim, o processo de efetiva ocupação da América pelos europeus, a partir do século XVI, foi ocasionado, inicialmen¬te, pela necessidade desses povos em traçar novas rotas para tornar mais acessível o comércio das espe¬ciarias, termo atribuído a mercadorias caras e difíceis de serem obtidas e usadas para temperar comida.
Atualmente, com a gama de produtos disponíveis para fornecer e realçar o sabor dos alimentos, tem-se reduzido o consumo de temperos naturais, os quais possuem enorme impacto positivo na saúde das pessoas. 
 


Alecrim: o Rosmarinus officinalis é um arbusto perene, nativo da região do Mediterrâneo e pode atingir até 1,5 metro de altura. Esta erva possui ação carminativa (redução dos gases), digestiva, absortiva e antiespamódica. Pode ser utilizada por meio de chás antes das refeições, com o objetivo de melhorar o processo de digestão ou em preparações que contenham carne, em substituição ao sal.


 



Orégano: o Origanum vulgare é uma erva perene na forma de arbusto e nativa das regiões Euro-siberiana. Estudos têm mostrado que espécies de Origanum possuem propriedades antimicrobianas, antifúngicas e antioxidantes. O orégano apresenta excelente ação bactericida contra, por exemplo, Klebsiella, Clostridium, E. coli, Helycobacter pylori, bactérias encontradas no quadro de Disbiose Intestinal. Pode ser consumido juntamente ao azeite de oliva ou em preparações com carne ou legumes.







Açafrão: a Curcuma longa é uma raiz fonte de curcumina, um poderoso antioxidante, anti-inflamatório e anticarcinogênico. Diversos estudos apontam para os efeitos quimiopreventivo, antitumoral, atividades radiosensibilizante e quimio sensibilizante, contra vários tipos de cânceres agressivos e recorrentes. Pode ser utilizado como corante no arroz e também no famoso frango ao molho de açafrão.






 

Pimenta: pertence às plantas do gênero Capsicum e nelas há um fitoquímico chamado Capsaicina, responsável por garantir o sabor ardido do alimento. A capsaicina possui propriedades antioxidantes, anticarcinogênicas e antimutagênicas. Pode ser consumida na forma de molhos ou até mesmo em geleias.
 








Canela: a Cinnamomi cassiae possui compostos com propriedades de potencializar a ação da insulina e podem estar envolvidos no alívio dos sinais e sintomas de diabetes e resistência à insulina. Poder ser consumida com frutas e também na forma de chá.






Referências Bibliográficas
1. RODRIGUES, R. S.; DA SILVA, R.R. A história sob o olhar da química: as especiarias e sua importância na alimentação humana. Química nova na escola; 32(2): 84 – 89, 2010.
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5. QIN, B.; PANICKAR, K. S.; ANDERSON, R. A. Cinnamon: potencial role in the prevention of insulin resistence, metabolic syndrome, and type 2 diabetes. J Diabetes Sci Technol; 4(3): 685-693, 2010.
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