Estudos publicados recentemente (Trends in endocrinology and metabolism e Behavioral neuroscience),
mantém a polëmica em torno dos adoçantes artificiais. A ausência de
calorias e poder adoçante maior que o açúcar, torna-os apetecíveis
principalmente a quem quer controlar o peso. Mas talvez estes auxiliares
não sejam a melhor opção.
Estes estudos foram realizados com ratos. E demonstraram que aqueles que tinham tendência para
aumentar de peso e com uma alimentação semelhante à alimentação
ocidental em termos de gordura, aumentavam mais de peso com o uso do
adoçante do que ratinhos que não o consumiam. O efeito mais acentuado foi nas fêmeas. A principal razão para a ocorrência do aumento de peso seria um aumento
na ingestão de alimentos, mas ainda não se sabe ao certo como isto
ocorre. Algumas hipóteses tem sido levantadas e uma delas seria que os
adoçantes artificiais promoveriam este aumento através da falha na
diminuição da atividade do hipotálamo (centro da fome no cérebro) e da
baixa ativação do sistema dopaminérgico mesolímbico, reponsável pela
sensação de satisfação, após a ingestão de algum alimento. Assim, a
falta da saciedade, juntamente com a constante estimulação da fome,
manteria o comportamento por procura de alimento no indivíduo,
aumentando sua ingestão alimentar.
Os tipos de adoçantes que foram mais correlacionados com este efeito no
aumento de peso são a sacarina sódica e o acessulfame de potássio. Em
relação à estévia, os resultados são controversos, já que há poucos
estudos realizados a fim de certificar tal efeito; em um estudo, os
autores afirmam que não há relação entre o consumo de estévia antes da
refeição e o aumento de consumo de alimentos durante a mesma.
De nada adianta usar adoçante mas continuar a ter uma
alimentação desequilibrada. Leia os rótulos dos alimentos, pois o adoçante pode ser encontrado onde menos espera.