segunda-feira, 23 de julho de 2012

Aprovado nos EUA novo medicamento para tratamento de obesidade


       Na terça-feira, 17 de julho, todos os focos estavam ligados para a reunião do FDA, agência norte-americana que regula as medicações e os alimentos naquele país. Tudo porque uma nova medicação para o combate à obesidade estava prestes a ser aprovada. E foi!
             O Qsymia, do laboratório Vivus, é uma combinação de 2 fármacos já conhecidos, a fentermina e o topiramato. A primeira é um antigo estimulante que já havia sido utilizado previamente para o tratamento da obesidade. O segundo é um antiepiléptico que ajuda algumas pessoas a reduzir o peso. Essas medicações, usadas isoladamente, já tinham mostrado algum benefício discreto no controle do peso corporal. Mas a combinação parece ser mais potente. 
A perda esperada de peso chega a 10% do peso corporal, comparados a 5% da locarserina, outra medicação recém-aprovada pelo FDA. Os comprimidos terão 7,5mg de fentermina com 46mg de topiramato de ação prolongada ou 15mg de fentermina com 92mg do topiramato.
A indicação será para obesidade (índice de massa corporal - IMC>30Kg/m²) ou IMC>27Kg/m² associado a comorbidades como hipertensão ou diabetes. Alguns efeitos colaterais podem ocorrer, como aumento da frequência cardíaca, defeitos no feto, confusão mental e alteração de memória.
Quanto ao Brasil, cabe aguardar um posicionamento da ANVISA, que no ano passado proibiu a comercialização de qualquer derivado de anfetamina no território nacional. A fentermina, um dos componentes da nova droga, pertence à classe proibida.
"Previamente conhecido como Qnexa, o medicamento não teve o nome aprovado por haver similaridade com outros medicamentos já existentes no mercado norte-americano, podendo gerar confusão na prescrição ou na dispensação. Assim Qsymia foi o nome escolhido." 

Fonte:Sociedade Brasileira de Diabetes

Obesidade X Horas de TV




   Para evitar a obesidade, o máximo de exposição diária de crianças entre dois e quatro anos à TV deve ser de duas horas. É o que afirma estudo da Universidade de Montreal, no Canadá, recentemente publicado no periódico científico BioMed.

     A pesquisa analisou o comportamento de 1.314 crianças nessa faixa etária e concluiu que cada hora adicional à qual elas são expostas, semanalmente, à TV poderia aumentar em meio milímetro suas circunferências abdominais e, consequentemente, reduzir seus tônus musculares.

      Além disso, os pesquisadores analisaram os efeitos do hábito de assistir à TV sobre a capacidade atlética da criança. A conclusão foi a de que cada hora a mais do que as duas estabelecidas como máximo por dia pode diminuir em 0,36 centímetros a distância que uma criança consegue saltar.

Horas

             Os pesquisadores verificaram que, no início do estudo, a maioria das crianças assistia a uma média de 8,8 horas de TV por semana.

             O número aumentou em seis horas nos dois anos seguintes até chegar a uma média de 14,8 horas por semana, quando as crianças atingiram a idade de quatro anos e meio.
 
            Entre os participantes do estudo, 50% já estavam assistindo a 18 horas semanais nesta idade, de acordo com os pais.

            A pesquisa concluiu que crianças de quatro anos e meio que assistiam a 18 horas semanais de TV tiveram um aumento de 7,6 milímetros em suas circunferências abdominais até chegarem aos dez anos de idade.

           Segundo a pesquisadora Linda Pagani, os resultados servem de alerta sobre os fatores que podem levar à obesidade infantil. "Nas últimas décadas, em todo o mundo ocidental houve um aumento dramático nos níveis de peso além do saudável, tanto em crianças como em adultos. Nosso padrão de vida também mudou, priorizando práticas sedentárias e alimentos de preparo fácil e ricos em calorias", disse Pagani.

         O estudo diz que os hábitos adquiridos na infância podem tornar-se parte do comportamento na idade adulta, afetando, por exemplo, a prática de esportes.

       O valor de duas horas diárias citadas pelo estudo é o estipulado como o máximo saudável pela Academia Americana de Pediatria.

Fonte: Abeso