Na terça-feira, 17 de julho, todos os focos estavam ligados para a reunião do FDA, agência norte-americana que regula as medicações e os alimentos naquele país. Tudo porque uma nova medicação para o combate à obesidade estava prestes a ser aprovada. E foi!
O Qsymia, do laboratório Vivus, é uma combinação de 2 fármacos já conhecidos, a fentermina e o topiramato. A primeira é um antigo estimulante que já havia sido utilizado previamente para o tratamento da obesidade. O segundo é um antiepiléptico que ajuda algumas pessoas a reduzir o peso. Essas medicações, usadas isoladamente, já tinham mostrado algum benefício discreto no controle do peso corporal. Mas a combinação parece ser mais potente.
A perda esperada de peso chega a 10% do peso corporal, comparados a 5% da locarserina, outra medicação recém-aprovada pelo FDA. Os comprimidos terão 7,5mg de fentermina com 46mg de topiramato de ação prolongada ou 15mg de fentermina com 92mg do topiramato.
A indicação será para obesidade (índice de massa corporal - IMC>30Kg/m²) ou IMC>27Kg/m² associado a comorbidades como hipertensão ou diabetes. Alguns efeitos colaterais podem ocorrer, como aumento da frequência cardíaca, defeitos no feto, confusão mental e alteração de memória.
Quanto ao Brasil, cabe aguardar um posicionamento da ANVISA, que no ano passado proibiu a comercialização de qualquer derivado de anfetamina no território nacional. A fentermina, um dos componentes da nova droga, pertence à classe proibida.
"Previamente conhecido como Qnexa, o medicamento não teve o nome aprovado por haver similaridade com outros medicamentos já existentes no mercado norte-americano, podendo gerar confusão na prescrição ou na dispensação. Assim Qsymia foi o nome escolhido."
Fonte:Sociedade Brasileira de Diabetes