Estudos de revisão realizados por profissionais da USP demonstraram
que a comida gordurosa facilita a deposição de gordura corporal com mais
rapidez do que comidas ricas em carboidratos, mesmo quando o índice
calórico das duas é similar. O risco de conversão em gordura corporal no
primeiro caso é de 96%, enquanto que no segundo caso é de apenas 46%.
Os fatores que auxiliam no ganho de peso, são
qualidade da alimentação e dietas restritivas associadas à exposição a
toxinas. Esta associação promove uma estimulação do sistema imunológico,
levando ao estado de inflamação com desequilíbrios na atividade de
diversos neurotransmissores hipotalâmicos.
Uma alimentação
desequilibrada, pobre em vitaminas, minerais e fibras e rica em
carboidratos refinados e gorduras saturadas estimula o processo
inflamatório, gerando maior resistência à perda de peso.
Tendo em vista que muitos alimentos possuem compostos bioativos
capazes de modular a inflamação causada pelo excesso de peso, podemos
utilizar esta ferramenta na prática clínica. Dentre eles, os ácidos
graxos ômega-3 estão entre as gorduras consideradas benéficas ao
organismo e que favorecem a redução de peso.
Portanto, as estratégias
dietéticas que auxiliam na perda de peso devem incluir um adequado
consumo de ácidos graxos ômega-3, redução do consumo de ácidos graxos
saturados e trans, além da maior ingestão de frutas, vegetais, grãos
integrais, oleaginosas e redução da ingestão de grãos refinados.
O que precisa ser levado em consideração é que para emagrecer, deve
ser realizado um planejamento dietético bem estruturado contendo
alimentos funcionais que visam modular os níveis de cortisol e glicemia,
melhorar a inflamação através da modulação do NFkB, neutralizar os
radicais livres, assim como praticar exercício físico, que favorece a
perda de gordura corporal e a manutenção da massa muscular, além de
acelerar o metabolismo.