terça-feira, 20 de março de 2012

ÓLEO DE CÁRTAMO – O MILAGRE DA VEZ?




"Um produto totalmente natural que auxilia na queima de gordura, diminui o apetite e combate o colesterol ruim" ...

Quando a população em geral, principalmente as mulheres, que buscam um emagrecimento rápido e eficaz lë isso numa revista ou na internet ou muitas vezes indicado por alguma amiga a primeira coisa que ela irá fazer é comprar o tal do óleo. O Óleo tem sido vendido em cápsulas com a promessa de acelerar o gasto energético, diminuir o depósito de gorduras, aumentar a queima do estoque de gordura já existente, atenuar a celulite, inibir o apetite, aumentar a massa muscular, além de ajudar na redução do colesterol. Não seria nada mal se tudo fosse verdade, não é mesmo? Mas, infelizmente, os resultados das pesquisas não são tão promissores.
O óleo de cártamo surgiu no mercado com o propósito de substituir o CLA (ácido linoleico conjugado), o qual era muito utilizado para auxiliar no emagrecimento, especialmente na redução da gordura corporal e aumento da massa muscular. Por não haver comprovação de sua segurança e eficácia, em 2007 a ANVISA proibiu sua comercialização no Brasil. Desde então, o óleo de cártamo tem sido vendido como fonte natural de CLA.
Porém, segundo a ANVISA, o óleo de cártamo não possui CLA em sua composição. Na verdade, o óleo de cártamo é utilizado como matéria prima para a produção sintética de CLA, já que contém elevados teores (cerca de 80%) de ácido linoleico, o ômega-6. O que alguns fabricantes têm feito é adicionar CLA ilegalmente nas cápsulas de óleo de cártamo. Alguns lotes importados de óleo de cártamo já foram, inclusive, interditados pela ANVISA, pois continham mais de 70% de CLA em sua composição.
Apesar de alguns estudos em animais demonstrarem efeitos positivos do CLA na redução da gordura corporal, muitos ainda não comprovam este benefício. Além disso, alguns estudos demonstram efeitos colaterais após a utilização do CLA, como por exemplo, aumento da resistência insulínica, aumento da glicose e insulina de jejum, e redução dos níveis de HDL colesterol.
Quanto ao óleo de cártamo sem a adição (ilegal) de CLA, até o momento não existem estudos que comprovem sua eficácia no emagrecimento. E esqueça aquela velha história de que, se bem não faz, mal não fará! Qualquer nutriente em excesso pode gerar um desequilíbrio orgânico.
O óleo de cártamo, como citado anteriormente, é rico em ácido linoleico, o ômega-6. Apesar de ser essencial para o organismo, este tipo de ácido graxo normalmente está presente em excesso na nossa alimentação.
Quando consumido em demasia, o ômega-6 pode favorecer a inflamação subclínica no organismo – aquela que muitas vezes não apresenta sinais e sintomas, mas em compensação, pode desencadear sérios prejuízos à saúde como resistência insulínica, diabetes, doenças cardiovasculares, câncer e, inclusive, a obesidade!

Portanto, devemos ter muita CAUTELA e SENSO CRÍTICO com promessas milagrosas para a perda de peso nem tudo o que lemos pode ser verdade, busque informações em fontes seguras e procure sempre um profissional nutricionista que lhe auxiliará na sua alimentação!!!

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