O alho (Allium
sativum) botanicamente,é classificado pela família das liliáceas, que
possui mais de 700 espécies, incluindo: cebola, alho poró e cebolinha. É usado
há milênios, numa variedade de funções tanto na culinária, como para recurso terapêutico,
tratando diversas doenças.
De acordo com a
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), o alho é considerado um
alimento funcional, por ser capaz de trazer benefícios à saúde de quem o
consome com certa regularidade. Sua ação é auxiliar no tratamento da
hiperlipidemia e hipertensão arterial leve, além de prevenir a aterosclerose
Vários são os
compostos sulfurados presentes no alho que proporcionam esses benefícios, mas o
componente biológico mais ativo é a alicina. Responsável pelo odor
característico do alho, vários estudos demonstraram que a alicina tem poder de atividade
antibacteriana, antifúngica, antiparasitária, além de auxiliar na redução do colesterol,
pressão sanguínea e no estresse oxidativo. Já em relação ao câncer, estudos
mostram que, a alicina reduziu a viabilidade de células cancerígenas gástricas,
o que sugere uma diminuição na proliferação dessas células, evitando assim, a
progressão da doença, podendo ser utilizada tanto na prevenção quanto no tratamento.
Atualmente, destaca-se cada vez mais o uso do alho negro na culinária. De
origem Coreana, o alho negro foi desenvolvido a partir do
alho fresco normal pelo processamento de envelhecimento,
submetido há uma elevada temperatura (65-80° C) e elevada umidade
(70-80%) controlado por um período de
30-40dias. Com sabor doce e sútil,podendo ser consumido cru ou cozido,
vem sendo utilizado nos pratos dos chefs de vários restaurantes internacionais
e brasileiros. Seus benefícios para a
saúde estão despertando cada vez mais interesse também pelos pesquisadores.
Em 2007, um estudo japonês, avaliou o uso do alho negro em ratos com cäncer, e observaram
que o alho negro teve ação anticäncerigeno. Outro estudo, realizado em 2011, por pesquisadores da
Coreia, analisaram o potencial do extrato clorofórmico de alho negro, no
estresse oxidativo, e observaram que, o alho negro além de amenizar a atividade
de moléculas de adesão, reduziu a produção de fator de necrose tumoral alfa
(TNF-alfa) induzida por espécies reativas de oxigênio (EROs) e inibiu a
ativação de fator de transcrição kappa B (NFkB), resultados que fornecem novas
evidências da atividade anti-inflamatória deste alimento.
Assim, pode-se
concluir que, tanto o alho negro como o alho fresco, possui propriedades antiinflamatórias,
antioxidante, hipoglicemiante e hipocolesterolêmica. Além disso, o processo de
envelhecimento do alho não altera as suas propriedades.
*Texto acima elaborado pela Nutricionista Alice Aparecida Carniel CRN1528
REFERËNCIAS
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