sexta-feira, 23 de outubro de 2015

Os benefícios do atum na alimentação

Se pensarmos em praticidade, o atum em lata é um alimento que não exige nenhum truque de chefe de cozinha para ser preparado. Mas o ponto positivo mais importante do peixe está nos seus benefícios para a saúde, em especial a do coração. Em uma porção de 3 colheres (sopa) de atum enlatado obtêm-se 50% da recomendação da quantidade de vitamina B12 diária. Já pensando em um perfil antioxidante e combate a radicais livres, uma embalagem possui 65% da quantidade de selênio, além de ser um alimento fonte de magnésio e ter 56% do valor de proteínas necessárias para um dia.
atum contém maiores doses deste nutriente conhecido como o mineral anti-estresse. São 41,8 mg. A deficiência deste mineral no organismo resulta em fadiga e carência de enzimas envolvidas na produção de energia. Prova disso é que uma pesquisa do Instituto de Psiquiatria da Inglaterra mostrou que os níveis deste mineral são mais baixos em pessoas que sofrem de depressão. O atum oferece mais quantidades desse mineral que, associado ao sódio, regula o equilíbrio da água no organismo e normaliza o ritmo do coração, além de auxiliar na redução da pressão sanguínea. São 361,9 mg contra 336,6 mg do salmão. O potássio também favorece o raciocínio claro, enviando oxigênio ao cérebro.
O atum contém 88 mcg de selênio, um antioxidante que previne o envelhecimento e o amadurecimento celular, afastando os risco de tumores. O atum, por sua vez, fornece 82,5 mcg. A substância também ajuda a manter a elasticidade dos tecidos e alivia os incômodos do período menstrual. 

Atum (110g)
Calorias               146,3 kcal
Lipídios           27,50 g
Proteínas              5,06 g
Fósforo (mg)       303,6
Magnésio (mg)     41,8
Potássio (mg)       361,9
Selênio (mcg)            88
Vitamina A (mcg)  23,1
Cálcio (mg)               19,8

Fonte:texto adaptado minha vida

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Diferença entre os óleos para fritura!

Quanto ao tipo ideal de óleo ou gordura a ser utilizado em frituras, inicialmente é importante lembrar que este tipo de preparação invariavelmente gera malefícios à saúde.

 Óleos refinados, como de soja, milho, algodão, girassol e canola, recebem um processamento onde são formados diversos compostos tóxicos, e por isso, em si, já são ruins. Além disso, são ricos em ácidos graxos poli-insaturados do tipo ômega 6, que se consumidos em excesso, possuem efeito inflamatório. Por conterem diversas insaturações em suas moléculas, são altamente modificados em altas temperaturas, como nas frituras, gerando mais compostos tóxicos, a exemplo da acroleína. 


Banha de porco, óleo de palma (largamente utilizado pela indústria) e óleo de coco são predominantemente saturados. Estes são menos modificados durante a fritura, mas apresentam outros inconvenientes. Banha de porco e óleo de palma contém altas concentrações dos ácidos graxos mirístico e palmístico, que por si, são inflamatórios e maléficos para a saúde. Já o óleo de coco, que possui como principal ácido graxo o ácido láurico, além de ter custo elevado, possui potencial aterogênico e perde substâncias benéficas durante a fritura. Gordura vegetal hidrogenada, utilizada em frituras industriais, contém ácidos graxos trans, que possuem características semelhantes às dos lipídeos saturados, porém, são mais inflamatórias e aterogênicas.
O azeite de oliva extravirgem aparece como uma alternativa interessante, porém não isenta de malefícios, para frituras rápidas e superficiais. Tem lipídeos predominantemente monoinsaturados, que se modificam pouco em altas temperaturas, e não possuem os efeitos negativos dos saturados e trans. Também não é refinado, tendo assim, menor carga tóxica. O azeite, porém, perde seus fitoquímicos durante a fritura.




A manteiga é produzida a partir da gordura do leite de vaca, que possui ácidos graxos, em sua maioria, saturados. Estes têm efeitos prejudicais como estímulo à inflamação e aumento do colesterol LDL. Contém também pequenas quantidades de ácidos graxos de cadeia curta, como o butirato, que auxiliam na manutenção da saúde intestinal. Tal fato reforça a ideia de que alimentos não devem ser classificados em “bons” ou “maus”, mas cada situação deve ser analisada individualmente, pois seres humanos não são todos iguais. A margarina foi criada sob a premissa de ser mais saudável, já que é produzida a partir de óleos vegetais. Porém, para ter consistência sólida, óleos devem ser hidrogenados, e este processo induz a formação de ácidos graxos trans, que são ainda mais maléficos que os saturados. Hoje, existem margarinas livres de gorduras trans, mas todas contêm aditivos químicos prejudiciais e substâncias tóxicas derivadas do processamento. Uma idéia de substituição saudável para esses dois alimentos é acondicionar azeite de oliva extravirgem, temperado com ervas ou não, em baixas temperaturas, nas quais este adquire consistência sólida.


Fonte: Imagens: Google
Site: Vponline.com.br

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Os benefícios do sal do Himalaia na alimentação



O sal do Himalaia ou o sal rosa,  é o mais saudável e mais puro sal do mundo.  Ao contrário de sal refinado, é rapidamente metabolizado e não aumenta a concentração de sódio e potássio no sangue e, por isso, não eleva a pressão arterial.  Ele contém 84 preciosos elementos que são encontrados em nosso corpo, fornecendo, assim, todos os minerais necessários e essenciais. É facilmente absorvido e evita a desidratação do organismo.  Ele regula o nível da água e eletrólitos do corpo. Regula o nível de açúcar no sangue e previne o desenvolvimento de diabetes. Ajuda a regular o metabolismo e os processos digestivos.Equilibra o pH das células. Previne o envelhecimento do organismo. Ajuda a fortalecer os ossos, especialmente os das crianças em crescimento. Regenera as células do cérebro e ajuda a melhorar a  concentração e o sono saudável. Previne cãibras musculares.  Melhora a circulação sanguínea. E contribui para a desintoxicação e purificação do sangue.

Fonte:http://www.curapelanatureza.com.br/

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Detoxificação na Visão da Nutrição Funcional

revista-nutricao-detox


Texto muito bem explicado pela nutricionista  Ana Paula Fidélis falando do processo de destoxificação no nosso organismo!














Atualmente nos deparamos com várias novidades! Uma delas é a famosa “detox” ou desintoxicação. A detoxificação ocorre todos os dias no corpo e é um processo que necessita ser regular e linear. As dietas detox ou dicas detox precisam ser orientadas por um profissional adequado para não ocorrer nenhuma intercorrência.

A detoxificação ocorre principalmente no fígado principalmente, além dos pulmões e pele. Trata-se de eliminação de substâncias xenobióticas do corpo. Estamos em contato com várias substâncias estranhas ao corpo e que a presença delas no metabolismo o afeta radicalmente tanto a nível de ganho de gordura quanto a aparecimento de doenças. Essas substâncias migram por todo o corpo e alteram a produção hormonal, reduzem a atividade das mitocôndrias, organela no corpo importantíssima para energia, vitalidade, saúde e manutenção do peso e causam alterações na pele.

Inúmeras doenças estão relacionadas com a presença dessas substâncias como câncer, Alzheimer, Parkinson, diabetes, fibromialgia e vários sinais e sintomas como fadiga, cansaço, dor de cabeça, dor no corpo, falta de concentração, irritabilidade, nervosismo, ansiedade, compulsão, urticárias, dermatite de contato, alterações no colesterol, glicemia e outros.

Para ter uma ideia essas substâncias estão presentes em produtos de beleza (contém mercúrio), desodorantes roll on (alumínio), nos plásticos (Bisfenol A), nos alimentos como conservantes, corantes, adoçantes (acessulfame-k, sacarina sódica, aspartame, ciclamato) e  nitritos e nitratos nos embutidos. Alimentos industrializados em geral como os diet e light, gelatina, suco de caixinha, suco em pó, produtos de padaria, embutidos, salgadinhos estão cheios dessas substâncias.

A detoxificação pode ser feita para melhorar inúmeros desses sintomas, mas não deve ser caracterizada por emagrecimento, pois a finalidade é de reduzir o caráter tóxico dessas substâncias e eliminá-las. Mas a partir do momento em que se inicia este processo o metabolismo pode reagir melhor e sim ter o emagrecimento.

A detoxificação tem três fases e é realizada simultaneamente no corpo. Para que ocorra de forma correta sem prejudicar o metabolismo e gerar compostos cancerígenos deve-se ter uma alimentação livre de agrotóxicos quando possível, livre de leite e derivados (um dos principais alimentos contaminados por antibióticos e hormônios), sem glúten, sem aditivos químicos e produtos industrializados.

Os principais alimentos para a introdução da detoxificação são as brássicas (brócolis, couve flor, couve de Bruxelas, repolho, nabo), alho, temperos de ervas (açafrão, curry, alho, salsinha, salsão, páprica, gengibre), sucos com frutas detoxificantes como abacaxi, melão, lima da pérsia, melão cantulupo, melancia, chás como cavalinha, salsaparrilha, hortelã, hibiscos, suco verde (feito de clorofila das folhas) e biomassa da banana verde (riquíssima em vitaminas e minerais, fibras).

Procure sempre orientação de um profissional nutricionista funcional para realizar qualquer intervenção na alimentação, pois somos bioquimicamentes diferentes, o que pode ser bom para uma pessoa, pode trazer prejuízos para outra!

Os benefícios da Rúcula na alimentação



Nativa do mediterrâneo, de onde se disseminou para o Oriente Médio e a Ásia, a rúcula, assim com os brócolis ou a couve, faz parte da família das crucíferas, grupo de plantas considerado especialmente benéfico na promoção da saúde e prevenção de doenças. 
Na região do Mediterrâneo, é consumida desde a época do Império Romano, mas, até o início dos anos 1990, não era cultivada em grande escala nem objeto de pesquisas científicas sobre suas qualidades nutricionais.

Mesmo assim, virtudes medicinais já eram atribuídas à rúcula desde a Antiguidade. Os romanos a consideravam uma planta afrodisíaca e a consagraram a Príapo, deus da fertilidade e da potência sexual. O consumo de folhas cruas e grãos de rúcula era indicado para estimular o desejo sexual masculino.
Assim como outros vegetais da família das crucíferas, a rúcula tem substâncias antioxidantes que atuam reduzindo o risco de vários tipos de câncer e de doenças cardiovasculares. Essas substâncias também podem ajudar a retardar o desenvolvimento de algumas doenças relacionadas ao envelhecimento.
Entre os antioxidantes da rúcula, encontra-se o betacaroteno, que, transformado em vitamina A pelo organismo, oferece, além da ação antioxidante, proteção ao sistema imunológico.
A vitamina K da rúcula ajuda na fabricação de proteínas que regulam a coagulação do sangue.
O folato tem um papel fundamental na redução do risco de más-formações fetais. Por isso, é especialmente indicada às mulheres em idade fértil. Também chamada vitamina B9 ou ácido fólico, esse micronutriente é importante para o bom funcionamento do sistema nervoso e do imunológico e facilita os processos de cicatrização da pele.

Fonte: Encicoplédia Nestlé

sexta-feira, 13 de março de 2015

Como as ervas podem ajudar no controle do diabetes

As ervas e especiarias ganham destaque entre as preparações culinárias, não apenas pelo sabor e aroma agradável que conferem, mas sim pelas suas diversas propriedades nutricionais, já que são ricas em compostos bioativos antioxidantes e anti-inflamatórios. Além disso, a combinação de ervas e especiarias, por fornecer sabores diferenciados, estimula a redução do consumo de temperos prontos e industrializados ricos em sódio, que prejudicam diversas funções fisiológicas.
Recentemente, um estudo realizado nos Estados Unidos identificou que uma mistura de temperos, composta por duas espécies de orégano, manjericão e alecrim, foi capaz de inibir uma enzima enzima associada com a intolerância à glicose, podendo atuar na redução do risco de diabetes tipo 2. Esses efeitos foram atribuídos ao alto teor de flavonoides presentes nestes condimentos.
Outros temperos disponíveis como açafrão, cebola, alho, salsa, cravo, canela entre outros, além de contribuírem de forma fácil e saborosa com suas propriedades nutricionais, dão um toque extra de sabor e beleza às preparações culinárias.

Fonte:nutricaofuncional.blogspot.com.br

Efeitos do mirtilo nos sistemas imunológico e cardiovascular

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As famosas frutas vermelhas são conhecidas pelo alto teor de antioxidantes em sua composição nutricional. O mirtilo ou Blueberry, ganha destaque por fornecer antocianinas, que conferem diversos efeitos benéficos ao organismo. O consumo desses poderosos alimentos pode ter efeitos benéficos nos níveis de colesterol, alterações vasculares e processos inflamatórios.
Além desses benefícios pesquisadores da Carolina do Norte (McAnulty et al., Nutr Res; doi: 10.1016/j.nutres.2014.07.002) verificaram que o consumo diário de um suplemento a base de mirtilo em pó (correspondente a 250mg de mirtilo in natura por dia), por seis semanas, foi capaz de melhorar a imunidade dos voluntários, por alterar o perfil das células Natural Killer. Além disso, foi observado um efeito benéfico sobre a pressão arterial.
O mirtilo e as outras frutas vermelhas podem ser incorporados em diversas receitas, como sucos, geleias, bolos, saladas, molhos e sobremesas. É importante ressaltar que seus benefícios são válidos quando associados a hábitos alimentares saudáveis.


Texto : VpOnline

quinta-feira, 12 de março de 2015

Açúcar = Impotência!!

A importância de reduzir o consumo de carboidratos, especialmente os refinados, chega à saúde sexual. 
Homens com níveis de hemoglobina glicada acima de 8,0 tem pouca ou muito baixa potência. Quem tem controle glicêmico ruim (como mostra a figura), apresenta taxas muito altas de impotência. Introduza fibras em todas as refeições do dia, especialmente naquelas com maior conteúdo de carboidratos para não se frustrar na hora "H". Importante dizer que como mostrado na foto, os grupos que mais sofrem destes problemas são os diabéticos tipo 2 mal controlados, aqueles sedentários, com muita gordura abdominal, as vezes fumantes, apreciadores constantes de bebida alcóolica, por vezes estressados e muito mal alimentados. 

Fonte: Int J Impot Res 22: 36-39, 2010.


Fonte : http://riquenutri.blogspot.com.br/

terça-feira, 10 de março de 2015

AÇAÍ E SUAS PROPRIEDADES NUTRICIONAIS

O açaí é  antioxidante, propriedade que o torna útil na prevenção de cânceres. Esta característica foi explorada recentemente em reportagem de uma revista de grande circulação no Brasil.
As polpas de açaí congeladas comercializadas no Brasil possuem em média, em cada cem gramas:
  • 0,8g de proteínas, 
  • 3,9g de lipídios, 
  • 6,2g de carboidratos 
  • e 2,6g de fibras.

Dos lipídios, prevalece o ácido graxo monoinsaturado oleico, o mesmo encontrado no azeite de oliva e associado à cardioproteção. Por ser rico em lipídios e fibras e pobre em carboidratos se comparado a outras frutas, o açaí possui baixos índice e carga glicêmica, ou seja: sua ingestão não causa picos de glicemia e insulinemia, associados a aumento de gordura corporal e do risco de doenças crônicas não transmissíveis.

Entre os micronutrientes presentes no açaí, destacam-se:
  • a vitamina E (importante antioxidante) e minerais, 
  • como manganês (também antioxidante e importante para a saúde óssea),
  •  magnésio (essencial à geração e utilização de energia no corpo), 
  • cálcio (que age na contração muscular, transmissão do impulso nervoso e na formação dos ossos) e cromo (necessário para uma boa atuação do hormônio insulina). 
  • Apesar de não ser grande fonte de ferro, o açaí possui propriedades antianêmicas, talvez por reduzir a inflamação e por consequência, aumentar a disponibilidade de ferro para formação de hemoglobina.

O açaí é extremamente rico em compostos fenólicos que possuem atividade antioxidante e anti-inflamatória. Entre esses compostos, prevalecem as antocianinas, responsáveis pela cor escura da fruta. O consumo de açaí deve ser encorajado, inclusive entre indivíduos obesos ou com sobrepeso, desde que inserido em uma dieta individualizada, nutricionalmente balanceada e orientada por nutricionista. 

As tradicionais tigelas de açaí congeladas (sem xarope de guaraná ou leite condensado) são opções saudáveis e prazerosas para este verão.


 *Texto elaborado ( adaptado) pelo departamento científico da VP Consultoria Nutricional



REFERÊNCIAS:
1. UDANI, J.K.; SINGH, B.B.; SINGH, V.J.; BARRETT, M.L. Effects of Açaí (Euterpe oleracea Mart.) berry preparation on metabolic parameters in a healthy overweight population: a pilot study. Nutr J; 10:45, 2011.
2. WONG, D.Y.; MUSGRAVE, I.F.; HARVEY, B.S.; SMID, S.D. Açaí (Euterpe oleraceae Mart.) berry extract exerts neuroprotective effects against β-amyloid exposure in vitro. Neurosci Lett; 556: 221-6, 2013.
3. DA COSTA, C.A.; DE OLIVEIRA, P.R.; DE BEM, G.F.; et al. Euterpe oleracea Mart.-derived polyphenols prevent endothelial dysfunction and vascular structural changes in renovascular hypertensive rats: role of oxidative stress. Naunyn Schmiedebergs Arch Pharmacol; 385 (12): 1199-209, 2012.
4. FRAGOSO, M.F.; PRADO, M.G.; BARBOSA, L.; et al. Inhibition of mouse urinary bladder carcinogenesis by açai fruit (Euterpe oleraceae Martius) intake. Plant Foods Hum Nutr; 67 (3): 235-41, 2012.
5. HORIGUCHI, T.; ISHIGURO, N.; CHIHARA, K.; et al. Inhibitory effect of açaí (Euterpe oleracea Mart.) pulp on IgE-mediated mast cell activation. J Agric Food Chem; 59(10): 5595-601, 2011.
6. Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP. Tabela Brasileira de Composição de Alimentos – TACO. 4ª edição revisada e ampliada. Campinas – SP.
7. SILVEIRA, V.M.; MANHÃES, L.R.T.; BOAVENTURA, G.T.; SABAA-SRUR, A.U.O. Efeito da Polpa de Açaí (Euterpe oleracea, Mart) na Reversão de Anemia em Ratos (Rattus norvegicus) Wistar var. Albinus. Rev. de Ci. Vida. Seropédica; 30(2): 15-27, 2010.
8. GUERRA, J.F.; MAGALHÃES, C.L.; COSTA, D.C.; et al. Dietary açaí modulates ROS production by neutrophils and gene expression of liver antioxidant enzymes in rats. J Clin Biochem Nutr; 49 (3): 188-94, 2011.

FRUTA OU SUCO??



   As frutas são alimentos ricos em fibras solúveis (capazes de reduzir o colesterol e manter a homeostase intestinal) e insolúveis (evitam a obstipação), em vitaminas (dentre as quais destaca-se a C, importante antioxidante que previne doenças crônicas não transmissíveis e envelhecimento precoce) e em diversos compostos bioativos antioxidantes, como carotenoides, flavonoides e terpenos. A maior ingestão de frutas está associada à redução do risco de cânceres, obesidade, doenças neurodegenerativas, hipertensão, entre outras enfermidades. Sendo assim, são essenciais em cardápios saudáveis.

     
Sucos industrializados (aqueles de caixinha ou pó, ainda piores), por outro lado, não contêm fibras ou compostos bioativos. São adicionados de quantidade excessiva de açúcar (obesogênico e inflamatório) ou de adoçantes artificiais (que podem causar obesidade e enxaquecas). Podem conter corantes, como o de caramelo e a tartrazina, além de outros aditivos químicos, interpretados por nosso organismo como xenobióticos, e assim sendo, geram estresse oxidativo e inflamação. O consumo de bebidas adoçadas está associado a elevação do risco de diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares, entre outras patologias.
          
Outra opção muito utilizada nos dias atuais é o uso das polpas de frutas, que em geral, não contêm aditivos químicos, o que já se constitui em uma vantagem sobre os sucos de pó ou caixinha. As polpas, porém, são pobres em fibras, que são retiradas ou quebradas por enzimas em seus processamentos. Perdem também algumas vitaminas e compostos bioativos não resistentes ao tratamento térmico que recebem antes de serem ensacadas. Uma dica é não adicionar açúcar ou adoçantes artificiais.
        
 Os sucos naturais das frutas não substituem as frutas in natura, mas certamente superam em benefícios à saúde, os de caixa, pó ou polpa. Bater frutas doces, que não necessitam ser adoçadas, não coar os sucos e combinar com ingredientes como hortaliças, fibras e especiarias pode ser uma ótima ideia

Abacaxi com hortelã, laranja com cenoura, maçã com couve e limão… São infinitas combinações de sucos antioxidantes, destoxificantes, e antiinflamatórios. Lembre-se que líquidos durante as grandes refeições não são boas opções, pois dificultam a digestão.


* Texto elaborado ( adaptado) pelo depto. científico da VP Consultoria Nutricional


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. SILVA, P. J. Escolhas e influências dos consumidores de alimentos na modernidade reflexiva:Um estudo em supermercados. Dissertação, Programa de Pós-Graduação em Sociologia,Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal do Paraná. 2006, p. 19-93
2. FERREIRA, S. R. G. Alimentação, nutrição e saúde: avanços e conflitos da modernidade. Cienc Cult; 62(4): 31-33, 2010.
3. BISMARCK-NASR, E. M.; FRUTUOSO, M.F.P.; GAMBARDELLA, A.M.D. Importância nutricional dos lanches na dieta de adolescentes urbanos de classe média. Pediatria (São Paulo); 28(1): 26-32, 2006.
4. GOMES, F. S. Frutas, legumes e verduras: recomendações técnicas versus constructos sociais. Rev Nutr; 20(6): 669-680, 2007.
5. MELO, E. A. et al. Capacidade antioxidante de frutas. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas; 44 (2): 193-198, 2008.
6. III Diretrizes Brasileiras Sobre Dislipidemias e Diretriz de Prevenção da Aterosclerose do Departamento de Aterosclerose da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Arq Bras Cardiol; 77(3):  1-48, 2001.
7. LUDWIG, D. S.; PETERSON, K. E.; GORTMAKER, S. L. Relation between consumption of sugar-sweetened drinks and childhood obesity: a prospective, observational analysis. Lancet; 8: 357: 505, 2001.
8. FERREIRA, T. S.; CHAFAUZER, C.; ARAÚJO JÚNIOR, F.M.; SILVA, G.B. Obesidade central em jovens. Science in health; 3(2): 61-73, 2012.
9. AXON, A.; MAY, F.E.; GAUGHAN, L.E.; et al. Tartrazine and sunset yellow are xenoestrogens in a new screening assay to identify modulators of human oestrogen receptor transcriptional activity. Toxicology; 298(1-3): 40-51, 2012.

Intolerância alimentar

As intolerâncias alimentares são reações adversas a alimentos causadas por características do indivíduo, sem envolvimento de mecanismos imunológicos. Um exemplo clássico de intolerância é a intolerância à lactose, causada por insuficiência da enzima lactase, capaz de digerir o carboidrato do leite em glicose e galactose, que podem ser absorvidos. Sabe-se que adultos têm naturalmente menor quantidade de lactase em seu intestino, pois evoluímos para ingerir lactose apenas durante a infância. 
A intolerância à lactose pode ser causada por deficiência genética da enzima, quando é denominada “deficiência à lactose primária”. Este quadro é mais grave e raro. É detectado ainda na infância. Diarreias prolongadas, uso de laxantes e disbiose intestinal podem causar uma intolerância secundária à lactose, que é um distúrbio temporário e de menor gravidade. Os sintomas são, em sua maioria, gastrintestinais, como náuseas e diarreias, embora sintomas sistêmicos possam aparecer em virtude da deterioração da saúde intestinal.
Existem ainda reações tóxicas, causadas por substâncias presentes em alguns alimentos. As aminas bioativas são substâncias frequentemente associadas a estes quadros. Peixes, moluscos e crustáceos mal conservados podem conter quantidade significativa de histamina, e assim, quando ingeridos, podem mimetizar alergias. Alimentos fermentados como queijos e vinhos, assim como frutas, ao exemplo do abacaxi, contêm tiramina, uma amina bioativa associada principalmente a cefaleias, assim como a octopamina presente em frutas cítricas. Aditivos alimentares como realçadores de sabor, conservantes e corantes artificiais também podem causar reações deste tipo.



* Texto elaborado pelo depto. científico da VP Consultoria Nutricional


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. PASCHOAL, V.; NAVES A.; FONSECA, A.B.P.B.L. Nutrição Clinica Funcional: dos princípios à prática clínica. São Paulo. Editora Valéria Paschoal Ltda., 2007
2. UNTERSMAYR, E.; JENSEN-JAROLIM, E. Mechanisms of type I food allergy. Pharmacol Ther; 112(3): 787-98, 2006.
3. ALERAJ, B.; TOMIĆ, B. Epidemiology of allergic diseases. Acta Med Croatica; 65(2):147-53, 2011.
4. TABAR, A.I.; ACERO, S.; ARREGUI, C.; et al. Asthma and allergy due to carmine dye.  An Sist Sanit Navar; 26 (Suppl 2): 65-73, 2003.
5. BEAUSOLEIL, J.L.; FIEDLER, J.; SPERGEL, J.M. Food Intolerance and childhood asthma: what is the link? Paediatr Drugs; 9(3):157-63, 2007.
6. DEL RÍO-NAVARRO, B.E.; SIENRA-MONGE, J.J. Food allergy. Bol Med Hosp Infant Mex; 50 (6): 422-9, 1993.
7. LEVITT, M.; WILT, T.; SHAUKAT, A. Clinical implications of lactose malabsorption versus lactose intolerance. J Clin Gastroenterol; 47(6): 471-480, 2013.
8. NAILA, A.; FLINT, S.; FLETCHER, G.; et al.. Control of biogenic amines in food–existing and emerging approaches. J Food Sci; 75(7): R139-50, 2010.
9. Leira R, Rodríguez R. Diet and migraine. Rev Neuro; 24(129):534-8, 1996.

ALERGIAS ALIMENTARES

Alergias são cada vez mais comuns em nossa população, e uma das causas deste aumento de prevalência é a progressiva inserção de alimentos industrializados na cultura alimentar ocidental. Estes termos são muitas vezes confundidos, o que talvez se justifique pelo fato de um mesmo alimento poder desencadear os dois quadros ou por ambas serem reações adversas causadas por alimentos. A distinção entre alergias e intolerâncias alimentares foi tema de uma reportagem atual de uma revista de grande circulação no Brasil.
As alergias alimentares ocorrem após a ingestão de alimentos, envolvendo mecanismos imunológicos. Na maior parte das vezes, é causada por um componente proteico do alimento, estando assim, incorreto o termo “alergia à lactose”, já que esta substância, um carboidrato, não é capaz de estimular o sistema imune. Alergias podem ser imediatas ou tardias. O primeiro grupo é de fácil identificação, pois a reação ocorre instantes após a ingestão do alimento. Estas reações são hipersensibilidades tipo 1, mediadas por IgE. Em resumo, o mecanismo é este: um pedaço de proteína mal digerida entra na corrente circulatória, estimula a produção do anticorpo IgE, que induz a produção de mediadores como a histamina, responsável por sintomas como inchaço, vermelhidão e coceira. Alergias tardias são mais difíceis de serem percebidas, pois os sintomas podem aparecer até 4 dias após o contato com o alérgeno. Neste caso, outros tipos de anticorpos e células do sistema imunológico podem estar envolvidos, mas os sintomas são semelhantes. As alergias alimentares podem expressar-se como urticárias, dermatites, rinites, sinusites, asma, e até quadros graves como edema de glote e anafilaxia. 
Os alimentos mais comumente envolvidos em reações alérgicas de ambos os tipos são leite e seus derivados, derivados do trigo, frutos do mar, oleaginosas, soja, milho e ovos. Aditivos alimentares, a exemplo de corantes amarelos e vermelhos podem também causar alergias.


* Texto elaborado pelo depto. científico da VP Consultoria Nutricional


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. PASCHOAL, V.; NAVES A.; FONSECA, A.B.P.B.L. Nutrição Clinica Funcional: dos princípios à prática clínica. São Paulo. Editora Valéria Paschoal Ltda., 2007
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