terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Viva mais tempo – comendo oleaginosas!

Estudo publicado no The New England Journal of Medicine mostrou mais uma vez que o consumo de oleaginosas (nozes, amêndoas, avelãs, pinhões, castanha do Pará,…) é benéfico.
Foram avaliadas 76.464 mulheres do Nurses' Health Study (1980–2010) e 42.498 homens do Health Professionals Follow-up Study (1986–2010). Indivíduos com história de cäncer, doença cardíaca ou infarte, foram excluídos. O consumo de oleaginosas foi verificado a cada 2 anos, e todos os participantes foram divididos em dois grupos: os que nunca comiam ou raramente consumiam oleaginosas e sementes e os que consumiam regularmente ou até todos os dias.
As associações encontradas foram claras: o consumo regular de oleaginosas reduz em 20% o risco de morrer devido a doenças cardiovasculares, problemas respiratórios e até cäncer. Aqueles que comeram frutos secos uma vez por semana apresentaram uma redução de 7% no risco de doenças, duas vezes por semana 13% a menos, cinco a seis vezes 15% e sete ou mais vezes 20% menor probabilidade de morte.
  Estes alimentos são riquíssimos do ponto de vista nutricional: vitamina E, ácido fólico, proteínas, fibras, cobre, cálcio, manganésio, gorduras polinsaturadas, fitoquímicos. 
Embora este estudo não possa estabelecer uma relação causa-efeito, pelo menos permite reforçar o papel benéfico destes alimentos na saúde e na prevenção de doenças.
 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Receitas: Substituir os ovos nos bolos

Num bolo, os ovos têm duas funções básicas: ligar os ingredientes e dar ao bolo uma consistência leve. As substituições abaixo servem para a maioria das receitas para bolos

Para bolos comuns substitua cada ovo por:
- 2 colheres de sopa de leite
- ½ colher de suco de limão
- ½ colher de bicarbonato de sódio

Para bolos de tabuleiro substitua cada ovo por:
- 2 colheres de sopa de leite
- 1/4 de colher de chá de fermento em pó

Para bolos de frutas substitua cada ovo por:
- 1 colher de sopa de farinha de soja
- 1 colher de chá de farinha de araruta
- 2 colheres de sopa de água


Gengibre demonstra capacidade anticancerigena no cäncer da Próstata

Estudo publicado em Agosto de 2011 no Britrish Journal of Nutrition, o extrato de gengibre pode ter um importante papel anticancerígeno no cäncer da próstata.
 Estas conclusões são obtidas após um estudo feito em animais, onde um extrato de gengibre foi capaz de diminuir o crescimento tumoral em cerca de 56%. Estes resultados foram obtidos para doses de 100mg de gengibre / kg de peso do animal.
Estes efeitos do gengibre devem-se à sua riqueza em diferentes compostos fenólicos bioactivos, que já demonstraram efeitos anti-inflamatórios, antioxidantes e de prevenção do cäncer. 

Importante Lembrar que:
  - tratam-se de doses  elevadas para aconselhar apenas o consumo alimentar, sendo por isso necessário a elaboração de extratos concentrados.
  - as caracteristicas do gengibre faz com que ele seja muito aconselhado (não só do ponto de vista gastronômico), mas principalmente pelos seus efeitos na saúde e prevenção da doença.

Gengibre é indicado também para
colite, gases e indigestão. Ação inflamatória, antifúngica e antioxidante. Estimula a circulação, reduz espasmos e cólicas e limpa as vias aéreas. 


Receitas com Gengibre:


Suco de Përa com Gengibre:
 









Ingredientes
  - 2 peras grandes descascadas
  - suco de 4 laranjas
  - um pedaço de gengibre do tamanho de um polegar

Preparação:
  - Colocar todos os ingredientes na máquina de sumos ou no liquidificador e reduzir tudo a um puré fluido,
  - Servir de imediato em copos.

Sugestão:
 - pode servir com gelo picado

 

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

A verdadeira dieta de destoxificação

Destoxificação consiste no processo realizado por um organismo visando a eliminação de determinadas toxinas, também conhecidas como xenobióticos. Neste processo, tais substâncias, que não são passíveis de excreção, sofrem alterações na sua estrutura química que possibilitam a sua eliminação do organismo por meio das fezes ou urina. A destoxificação ocorre em todas as células, mas principalmente nas do fígado e do intestino. O fígado contém aproximadamente 60% das enzimas necessárias para este processo e o intestino cerca de 20% destas.
Desta forma, a dieta de destoxificação tem como objetivo dar o suporte necessário para os sistemas de destoxificação naturais do organismo, através da restrição de alimentos possivelmente alergênicos, industrializados e com grandes quantidades de aditivos químicos, substituindo pelo consumo de alimentos orgânicos e que apresentam propriedades que estimulam as vias de destoxificação, em associação com uma suplementação magistral específica para esse período.
O termo ‘dieta de detox’ é muito falado em publicações midiáticas, sendo por diversas vezes utilizado erroneamente. Recentemente, em um programa de televisão de grande impacto, foi dado um exemplo de dieta de destoxificação, o qual incluiu torradas, queijo branco e iogurte. Também, foi citado que a indicação para esta dieta varia de acordo com o exagero alimentar ou alcoólico que o indivíduo cometeu, podendo ter duração de um dia ou semanas.
A verdadeira dieta de destoxificação vai muito além da correção de exageros alimentares ou alcoólicos. Podendo ter duração de seis, quinze, vinte e um ou trinta dias, a dieta tem como base a remoção de toxinas e a eliminação de anti-nutrientes da dieta como gorduras trans, farinha branca, açúcar, cafeína, corantes, aromatizantes, preservantes, glutamato monossódico e adoçantes artificiais. Alimentos com potencial alergênico elevado, como leite, laticínios, soja e glúten, e aqueles que contêm grandes quantidades de aditivos químicos, como industrializados, enlatados e embutidos (frios, salsicha, linguiça, defumados e conservas) também são restringidos da dieta, bem como carnes assadas em carvão, bebidas alcoólicas, sucos industrializados e refrigerantes.
O plano alimentar de destoxificação é dividido em dois períodos, o período “A” e o período “B”. De acordo com o total de dias de duração da dieta, estes dois períodos se intercalam em período “A”- período “B”- período “A”. De forma geral, o plano alimentar “A” é composto por frutas, legumes e verduras (que devem ser de origem orgânica, devido à elevada quantidade de agrotóxicos que as de cultivo comum apresentam), algumas leguminosas, cereais integrais, chás, oleaginosas, ovo caipira, certos tipos de peixes e óleos extra-virgem. Já no período “B”, usualmente é permitido o consumo de arroz integral do tipo cateto, chás, oleaginosas e óleos extra-virgem.
A suplementação nutricional para o período compreende em diversas vitaminas e minerais que estimulam o sistema de eliminação de xenobióticos, com a finalidade de prover ao organismo os nutrientes necessários para que o indivíduo exerça suas atividades habituais. Também são incluídos nestas formulações aminoácidos e alguns outros compostos que auxiliam no restabelecimento da depleção de co-fatores desencadeada pela exposição tóxica e na proteção do organismo contra o estresse oxidativo.
Todavia, é de extrema importância frisar que o plano alimentar destoxificante é traçado por profissional capacitado, que, de acordo com a individualidade bioquímica, irá apresentar quais são os alimentos específicos que poderão ser consumidos, bem como os dias de duração da dieta. A reintrodução dos alimentos excluídos, principalmente os alergênicos, deve ser feita com cautela e sob supervisão, uma vez que o organismo fica extremamente sensível aos mesmos após a dieta.


Texto elaborado pela Dra. Renata Alves - Nutricionista do Depto. Científico da VP Consultoria Nutricional

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

AZIA E ANTIÁCIDOS

O uso prolongado de antiácidos e inibidores de bombas de prótons (como Omeprazol®, Pantoprazol®) irá gerar uma alcalinização do conteúdo gástrico, ou seja, o suco gástrico perde sua acidez e, assim, há o comprometimento da digestão de proteínas, minerais como o Ferro, além de vitaminas como a B12. Com a “diluição” do conteúdo gástrico, a digestão fica comprometida e, assim, o alimento permanece por mais tempo no estômago, o que gera desconforto e sensação de empachamento. Além disso, a má digestão de proteínas favorece que macromoléculas mal digeridas penetrem pelo intestino e cheguem à corrente sanguínea, disparando a ação do sistema imunológico e o início de diversos processos inflamatórios que podem estar relacionados com a causa do refluxo.
Dessa forma, um dos passos iniciais do tratamento é investigar qual alimento pode desencadear essa resposta inflamatória
Ainda, reequilibrar a produção e concentração de ácido clorídrico estomacal e das enzimas essenciais para a digestão de todos os nutrientes através da utilização de chás digestivos como alecrim, cidreira, erva-doce, hortelã e também suco de Aloe vera, rico em enzimas digestivas e ainda com ação cicatrizante sobre a mucosa gástrica e intestinal. Finalmente, é necessária uma dieta livre de irritantes à mucosa, como frituras, café, álcool, refrigerante e outros alimentos industrializados, porém, rica em alimentos fontes de nutrientes reparadores e de crescimento da mucosa como zinco, vitamina E, vitamina A, vitamina B12, ácido fólico e vitamina C.
Para a Nutrição Funcional, tratar sintomas não é sinônimo de saúde. O tratamento nutricional visa eliminar a causa do problema, ou seja, devolver ao órgão o seu equilíbrio e funcionamento correto. Portanto, se você sofre de azia, queimação e má digestão, procure um profissional que poderá lhe ajudar a eliminar o seu desconforto.
*Texto elaborado pelo Dr. Guilherme Barros Fernandes, aluno bolsista do curso de Pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional pela VP Consultoria Nutricional/

Uso de antibióticos pode afetar o peso corporal


Os antibióticos já foram muito usados pela indústria para fazer crescer gado, perús e galinhas. Era administrado em pequenas doses ao longo de muito tempo e o efeito era notório (até cerca de 15% de aumento).
Diversos estudos mostram que nos humanos o efeito pode ser semelhante. A alteração da flora intestinal causada pelo uso dos antibióticos pode ter efeitos negativos no peso corporal.
Uma investigação publicada na Nature e feita em ratinhos, verificou ao fim de 7 semanas, que os ratinhos tratados com antibióticos pesavam o mesmo que os controlos mas tinham mais 10 a 15% de massa gorda e cresceram a um ritmo mais elevado. A composição da flora intestinal destes ratinhos estava alterada, bem como o metabolismo dos hidratos de carbono e gorduras. 
Um outro estudo publicado no International Journal of Obesity avaliou mais de 11 mil crianças. As crianças expostas a antibióticos nos primeiros 6 meses de vida eram mais propensas a ter um maior índice de massa corporal e a terem excesso de peso aos 3 anos de idade (por comparação com crianças que não necessitaram de medicação).
Estas investigações precisam ainda de ser aprofundadas e alargadas a outras idades, mas já nos deixam a certeza da importância da flora intestinal e da sua recuperação sempre que esta esteja desequilibrada. Os probióticos são necessários durante vários meses após a toma de antibioterapia para repor/equilibrar a flora intestinal. O desequilíbrio desta flora altera a forma como metabolizamos os nutrientes e deixa-nos também mais frágeis imunologicamente.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Suco de fruta aumenta risco de diabetes tipo 2

Não é novidade nenhuma que é muito melhor comer fruta em natureza do que beber do seu suco. A fibra existente na fruta inteira permite que a absorção dos açúcares destes alimentos seja mais lenta do que na forma de suco. Em resposta a um suco de fruta o açúcar no sangue sobe muito rapidamente o que leva a uma resposta insulínica elevada e isso não é desejável.
Estudo publicado pelo British Medical Journal foram seguidos mais de 180 mil indivíduos ao longo de anos, foi verificada a incidência de diabetes tipo 2 e cruzaram-se esses dados com o consumo de frutas e sumos de fruta. Verificou-se que o consumo de sucos aumenta o risco de diabetes, mas que o consumo da fruta in natura diminui o risco de desenvolver a doença. Mirtilos, uvas e maçãs foram as frutas com melhores resultados e os investigadores também verificaram que trocar os sucos pelo consumo frequente de fruta inteira promoveu uma queda do risco de diabetes em, pelo menos, 7%.
Um outro estudo da revista Diabetes Care mostrou no ano passado que quem come mais legumes tem menos risco de desenvolver diabetes, assim como quem varia mais nas frutas e legumes usados diariamente.
Portanto, coma muitos legumes e prefira fruta in natura aos seus sucos.
 

Sensibilidade não celíaca ao trigo

Estudo publicado no The American Journal of Gastroenterology avaliou 276 pacientes diagnosticados com sensibilidade não celíaca ao trigo e fez uma revisão de literatura já que os mecanismos envolventes nestes processos são ainda pouco claros.
Denomina-se sensibilidade não celíaca ao trigo, quando não há confirmação de doença celíaca (alergia a todos os cereais que têm glúten), nem de alergia ao trigo, mas verifica-se um conjunto de sintomas não específicos que pode abranger o trato gastrointestinal, sistema nervoso, pele e outros órgãos. Pode incluir dor e distensão abdominal, dor de cabeça, confusão mental, formigueiro/dormência nas mãos e pés, fadiga, dor muscular, diarreia, eczema, perda ou aumento de peso, bem como distúrbios neurológicos e psiquiátricos.

Verificou-se melhoria dos sintomas com a dieta de eliminação e retrocesso com a reintrodução do trigo. De salientar que a proteína de vaca também causou reações adversas. 
Todos os intervenientes tinham síndrome do cólon irritável, pelo que podemos concluir que devem ser postas em cima da mesa opções de alimentação, antes do início de outro tipo de terapêuticas, que muitas vezes são muito agressivas

Leite de sementes!

Leite de vegetais é uma excelente opção para substituir o leite de vaca, seja no seu café da manhã e lanche, ou nas receitas saudáveis que sempre ensinamos. 
Possui maior digestibilidade que o de origem animal, aumenta os níveis de HDL (colesterol bom) do nosso corpo e é rico em antioxidantes. Cuidado, para não exagerar na dose: tomar meio copo por dia é a recomendação ideal. 
O mais interessante é que é possível fazer em casa o seu próprio leite de amêndoas, castanhas, nozes, macadâmia ou um mix delas. A escolha é sua, afinal, o método de elaboração é o mesmo, apenas a semente que irá mudar!
Segue abaixo o passo a passo:
 Texto adaptado por: http://www.mrcat.com.br



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Leite de amêndoas

Esta preparação é rica em proteínas, cálcio, magnésio, potássio e vitaminas do complexo B.

Você pode usar este leite em vitaminas, shakes e bolos. Tem alto valor nutritivo e é muito saudável.

Ingredientes


•    1 litro de água mineral
•    1 1/2 xícara de amêndoas  (de molho por 8hs)
•    1 colher de sopa de mel
•    1 colher de chá de leite de coco
•    ½ colher de chá de fava de baunilha
•    1 pitada de sal

Modo de preparo

Bata todos os ingredientes no liquidificador até incorporar bem e triturar toda amêndoa.
Coe em um fralda de pano bem fina.

O leite pode ficar na geladeira por até 4 dias.

Por Natalia Werutsky - Chefe e Nutricionista  
 
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1 xíc. (chá) de aveia orgânica em flocos
-  1 e 1/2 - 2 xíc. (chá) de água filtrada
- essência de baunilha, canela em pó ou cardamomo a gosto (opcional)
- mel orgânico ou açúcar demerara ou adoçante natural estévia para temperar.
Modo de Preparo:
Deixe a aveia de molho na água por 1 hora. Bata todos os ingredientes no liquidificador e coe em peneira de malha fina. Guarde em frasco de vidro na geladeira por até 3 dias.
Fonte: Nutricionista Marilia Fernandes